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Peço licença para entrar na casa de vocês. Meu nome é Paula Narvaez, tenho 34 anos, sou casada, mãe da Malu de 12 anos e do Nicolas de 5 meses (isso mesmo!).
Trabalho numa agência de marketing esportivo como coordenadora de projetos, e respiro corrida.
O esporte faz parte da minha vida desde 2008, quando me cansei da vida louca e descobri que correr me dava muito mais prazer do que as presepadas das baladas. Não foi uma troca difícil, já que a corrida não trazia o arrependimento e a rebordosa do dia seguinte de uma noitada.
Trabalhei alguns anos como produtora da Revista O2. Era super envolvida no universo running e já corria várias provas, quando fui incentivada pelo chefe da redação, na época o Zé Lúcio Cardim, a escrever um blog de corrida para mulheres.
Há 10 anos ninguém falava com a gente sobre corrida, então a ideia me pareceu interessante e dali em diante foram muitos anos de grandes aventuras e milhares de textos, relatos de provas e releases de produtos no Corre Paula.
Um tempo depois, com o crescimento das redes sociais e do movimento “barriga sarada e superação”, fui diminuindo minha presença online (por não me sentir parte disso) e aumentando meu volume nas corridas.
Meu treinador e grande amigo Wanderlei Oliveira é também meu guru. Com ele aprendi a correr de verdade (nunca me machuquei treinando com ele), e conquistei meus melhores tempos desde que comecei no esporte: 3h23min nos 42k; 42min nos 10k e 20min nos 5k.
Meu último recorde aconteceu em 2014, e depois disso nunca mais senti vontade de correr provas ou botar minha cara em alguma disputa. Só que por outro lado, sentia cada vez mais vontade de correr, e cada vez mais feliz com os treinos do “capitão”.
Até corri algumas provas, mas percebi que não precisava de um objetivo para me sentir motivada.
Corria quase 100 km na semana amarradona, fazia ótimos testes de 3 km, e estava sempre preparada. Mas toda vez que meu coach sugeria me inscrever em alguma prova eu fugia.
Assim foi até ano passado, quando recebi o convite da Nike para fazer parte do Zoom Squad, um grupo de amadores em busca de seus melhores tempos, e me inscrevi na Maratona de Berlim.
Como minha rotina de treinos sempre foi certinha e com bastante volume, não foi difícil encaixar os treinos e começar a trabalhar minha cabeça para uma prova.
Mas a gente sabe que quando a gente faz planos Deus ri, né? Em junho de 2017, dois meses depois de aceitar o convite, descobri que estava grávida e tive que colocar todos os planos, e a corrida, na gaveta.
Apesar de estar muito feliz com a novidade, sei que as 40 semanas de gravidez são as semanas mais longas da vida. E apesar de ter achado que esse dia nunca iria chegar, ele chegou! Meu filho nasceu, meu corpo se recuperou e eu voltei a correr!
Não sou mais a mesma, e nem quero ser. Minha melhor aventura começa agora, e não por coincidência, minha coluna na O2 – a volta do Corre Paula – também.
Aliás, queria agradecer ao pessoal da revista por guardar o convite (feito logo no início da gravidez) e refazê-lo agora.
Mamain chegou!!
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