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Tenho visto muitos atletas correndo “encordados”, “guinchados” ou “clipados” uns aos outros. Ou seja, conectados por um pedaço de elástico ou corda em provas, como o Shoio e Ana Paula Miyazaki nessa foto aqui em cima durante o El Origen Aconcágua.
Para saber se essa estratégia é legal e se traz vantagens em relação a quem não está “encordado” fui conversar com Sidney Togumi, ultramaratonista e treinador da seleção brasileira de trail running.
Segundo ele, essa é uma prática que migrou da corrida de aventura para a corrida de montanha e não existe uma regra geral para a sua adoção pelos atletas ou pelas organizadoras de provas.
“É preciso observar sempre o regulamento. Provas como a Transalpine e o El Origen permitem. Já o Desafio das Serras, não. Correr conectado a um outro atleta não significa que você está puxando quem vem atrás, mas apenas determinando um ritmo. Funciona como um pacer e para ser eficiente os dois atletas precisam ser capazes de sustentar a mesma velocidade”, explica Togumi.
E ela gera vantagens em relação a quem corre livre, leve e solto? “É mais ou menos como utilizar bastões: ajuda, pois facilita estabelecer um ritmo em trechos mais críticos ou estratégicos. A opção por sua adoção depende de cada atleta. Tem gente que não gosta. Mas, se o regulamento permitir, acho válido recorrer ao encordamento”, conclui Sidney Togumi.
Resumindo: correr “encordado” ajuda, sim, e pode ser uma carta na manga na hora em que o bicho pegar na montanha. Isso, claro, desde que a sua utilização esteja explícita nas regras da prova. Vale conferir antes.
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