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Correr na chuva é uma das atividades mais prazerosas que há. Esses dias fiz um treino por 1h15 com chuva sobre a cabeça.
Sim, ficamos molhados e grudentos. O pé, principalmente – você sente as primeiras unhas e a sola ficarem mais sensíveis. Uma bolha aqui, uma unha perdida acolá. O desconforto é inevitável, mas deixar o corpo e a alma se lavarem compensa o sacrifício.
Nunca desprezei treinos em chuva. Já até precisei deles, inclusive. Foram nos últimos 12 quilômetros da Maratona de Nova York. Na ponte de entrada do Bronx, o primeiro pingo geladíssimo caiu na minha panturilha e imediatamente senti o choque em todo o corpo. Na sequência, caiu um dilúvio que me castigou por cerca de uma hora. Sem os treinos chuvosos, minha meta de fechar os 42 km abaixo de três horas não teria sido alcançada.
Para não se perder em dicas, a mais importante é correr usando boné ou viseira, pois não há nada mais irritante do que os pingos caindo nos olhos. No mais, o solado do tênis deve estar aceitável por questões de segurança, para não escorregar. A troca de camiseta ou de corta-vento depois do treino também é essencial. Outra preocupação é com celular e o GPS. Certo que na maioria dos casos, aguentam a umidade, pois dá para proteger bem o celular; já o GPS devemos confiar na qualidade, até segunda ordem. As poças d’água são o principal ponto de cuidado que o corredor deve ter. Caso não conheça o terreno da região, nunca vá com tudo nas poças. Já vi pessoas caírem feio por conta disso. A questão dos raios é clássica. Nunca ir para o descampado ou para debaixo de árvores. Procure se proteger do temporal e até aborte a corrida se precisar.
Se você não domina totalmente a corrida, a chuva não é o momento de dar tiros e intervalados. Faça uma rodagem mais leve e sinta a chuva bater em seu rosto. Este é o melhor momento para pensar na vida e traçar novos objetivos!
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