Percebo uma evolução da conscientização da mulher brasileira sobre o seu corpo nas últimas décadas. Até pouco tempo tidas como o sexo frágil, elas passaram a se fazer presentes, cada vez mais, na vida esportiva do Brasil, conquistando resultados mais e mais significativos e fazendo com que o nosso país abrigue conquistas mundiais de grande prestígio, inclusive na corrida de rua.
O vôlei, representado por suas formidáveis atletas, sempre foi um grande exemplo disso, com inúmeras vitórias. Já em 2013, foram as meninas do handebol que brilharam e deram um verdadeiro show no Campeonato Mundial, nos proporcionando uma medalha histórica. Mas não podemos nos esquecer do nosso atletismo, modalidade na qual grandes atletas dignificaram nosso país colocando-se frente ao mundo com excelentes resultados, como Fabiana Murer e Maurren Maggi.
Já na corrida de rua, apesar da falta de interesse do governo nesse esporte, as mulheres se mostram arrojadas e corajosas. Mesmo com suas vidas simples e sem quase nenhum recurso financeiro, conseguiram obter excelentes resultados em importantes competições mundiais. É uma pena, porém, saber que nossos governantes não oferecem nenhuma estrutura ou ajuda a essas abnegadas jovens, que podemos chamar de verdadeiras heroínas, uma vez que conseguiram superar a total falta de interesse de nossos órgãos públicos na corrida de rua. O fato de as federações e confederações de esportes serem feudos − salvo raríssimas exceções − faz com que elas sejam ainda mais valorizadas por terem superado tudo isso e conseguido chegar aonde chegaram.
Mas falemos também das corredoras amadoras, que tanto embelezam nossa corrida de rua. A essas mulheres lutadoras e perseverantes, a corrida oferece uma série de benefícios à saúde. Com a melhor qualidade de vida proporcionada pelo esporte, essas guerreiras têm muito mais facilidade para fazer atividades que, sem o esporte, poderiam ser consideradas difíceis. Além de apresentar um bom preparo físico e estado de espírito, a mulher corredora se torna mais decidida e com maior capacidade de resistir às dificuldades. A determinação e o desejo de vencer passam a fazer parte de sua rotina, ajudando-a a superar os mais variados tipos de obstáculos com os quais ela depara pela frente.
Emocionado, rendo minhas homenagens a todas as mulheres que, além de se fazerem presentes na vida de sua família e de trabalharem para ajudar no sustento da casa, conseguem manter a paixão pela corrida de rua por meio de treinos diários duríssimos e investimentos próprios para participarem de competições. Meus parabéns a essas mulheres santificadas e gloriosas!
(Matéria publicada na Revista O2 – edição #131 – março de 2014)
*Por Nuno Cobra
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