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Bons anos já se passaram desde a divulgação do enorme crescimento dos apaixonados por corrida de rua, que, por sinal, continua. Aqueles que fizeram parte desta época tiveram filhos e agora querem que esta nova geração também corra. Mas afinal, quando deve ser o melhor momento para incentivar a prática da corrida? Existe uma idade mínima? Quais os riscos?
A corrida de rua é uma atividade física excelente para o desenvolvimento de habilidades como força, equilíbrio, coordenação, concentração, entre diversas outras, independentemente da velocidade ou duração. Sua base envolve movimentos simétricos, desenvolvendo os dois lados do corpo igualmente, além de associar o balanço dos membros inferiores com os membros superiores por intermédio dos músculos do tronco.
Muitas vezes ela parece difícil até mesmo para nós, principalmente quando lemos artigos dizendo sobre a pisada sem usar o calcanhar, os educativos para não se machucar, passadas curtas ou longas, posição e inclinação da coluna, etc.
E, considerando isso, muitos têm medo de verem seus filhos machucados e não os incentiva a correr, esquecendo que a corrida é a base da maioria das atividades físicas, desde um pega-pega, uma queimada, até um futebol com outras crianças. Pensar em dificuldades é coisa para adultos.
A grande diferença entre correr atrás de uma bola (em algum esporte) e apenas correr está na cabeça. Um esporte com bola é muito mais divertido para a criança do que uma corrida de rua. Ela precisa ter uma mente preparada para isso.
Além disso, a fisiologia não ajuda. Pessoas mais jovens costumam ter mais fibras musculares potentes, de contração rápida, enquanto que com o treino e passar do tempo, estas fibras são substituídas por fibras de contração lenta e mais resistentes.
No começo, a criança vai correr toda esquisita (igual às primeiras vezes em que ela foi tentar comer sozinha, com a colher batendo na testa e a comida nunca chegando à boca, rs), mas com o cérebro em constante evolução, ela vai traçar caminhos cada vez mais eficientes, identificando os melhores músculos, reduzindo as oscilações e se mantendo cada vez mais estável.
Por exemplo, o Rafael, filho do Marcelo, com pouco mais de 2 anos de idade correu 1,4km descalço com pace de 10min/km, certamente após várias outras tentativas frustradas. Leo, de 11 anos, já usa aplicativo de corrida, fez provas de 5k e 8k e treinos de quase 340m de elevação acumulada em apenas 5k (é muita subida!), com pace médio de 6min\km. Certamente ele é fisicamente (mais fibras resistentes) e mentalmente (focado) preparado que os colegas que correm apenas curtas distâncias, durante outras modalidades.
A verdade é que essas crianças estão na contramão de uma boa parcela que prefere ficar em casa jogando videogame, mexendo no celular ou assistindo a televisão dentro de casa. Incentivar a corrida de rua é saudável para qualquer criança, desde que seja de forma prazerosa e que observemos suas limitações, evitando forçar demais.
Antes uma criança que dá trabalho porque não para quieta do que dar trabalho porque é quieta demais. Bora correr, então. Com elas!
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