Corrida e câncer: o esporte é remédio?

Adriano Cunha
Atualizado em 01 de fevereiro de 2018
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O câncer é uma doença que estudei por dois anos, com atuação no InCor (Instituto do Coração). Nesse período  atendi pessoas com mais de 70-80 anos e jovens de 17 anos. O trabalho tinha três pilares:

  • Alimentação
  • Apoio familiar
  • Muito exercício aeróbio

Essa metodologia, chamada Fast Track Rehabilitation , é utilizada intensamente no Hospital Pompidou, em Paris, onde são salvas centenas de vidas. O exercício físico minimiza o sofrimento das pessoas que estão em uma condição delicada, ajuda na sobrevida dos pacientes terminais e, principalmente, é um excepcional agente de prevenção. 

Um estudo realizado recentemente na Dinamarca mostrou que a corrida regular reduziu o risco de câncer e a recorrência da doença. No entanto, os mecanismos por trás dessa proteção ainda devem ser elucidados.

 

 

Nesse estudo, camundongos randomizados para roda de corrida mostraram redução acima de 60% na incidência (Pedersen, 2016). Eram três camundongos por caixa e eles eram livres para correr quando e pelo tempo que quisessem. As fêmeas fizeram, em média, 4,1 km/dia e os machos 6 km/dia. Com todas essas informações ficaram provados que os efeitos benéficos do exercício físico são imensuráveis.

No projeto que participei entre 2008 e 2010 os resultados foram espetaculares. Uma pessoa que fazia o procedimento habitual levava um dia aproximadamente para tomar água depois de uma cirurgia de toracotomia. Fazendo o Fast Track Rehabilitation, a pessoa conseguia tomar um copo com água em algumas horas.

E como foi colocado anteriormente o exercício aeróbio tinha um poder absoluto nesse processo. Portanto, o exercício físico, exercício aeróbio e/ou corrida tem o poder sim de salvar vidas.

Pratique para melhorar, pratique para evoluir a sua condição e principalmente pratique para se prevenir, porque assim viverá melhor.

Adriano Cunha

Adriano Cunha

Fundador do Grupo Upper Life (www.grupoupperlife.com), formou-se em Educação Física e atuou como personal trainer e em cargos de liderança por oiyo anos no Instituto Levitas. Além disso, trabalhou e estudou em projetos na USP, InCor e Unifesp, palestrou em centros universitários como FMU, Unianchieta e USCS , e conheceu a área da Educação Física em quatro continentes. Escolhido em 2017 pelo Governo da Catalunha para mapear o mercado brasileiro de corrida no Brasil.

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