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A corrida é redentora. Ela nos contempla com toda a sua beleza e nos coloca em sintonia com os processos biológicos mais fundamentais da vida, que carregamos bem lá dentro de todo o nosso organismo. Ela redime o homem e dá a ele aquele brilho tão essencial para que a existência seja formada por uma constante alegria e prazer, cultivando conquistas, sucesso e vitórias.
Mas para que tudo isso ocorra é necessário, e até mesmo imprescindível, que a pessoa a exerça como meio e nunca como fim. Que realize a prática com muito bom senso e sabedoria. Se não entendermos que a corrida é nossa amiga — e que devemos protegê-la para que ela nos acompanhe por toda a nossa existência —, podemos colocar tudo a perder.
Muitos começam a praticá-la ainda jovens, para manter o corpo mais bonito. Porém, abrem mão do exercício com o passar do tempo. A verdade é que ela não pode ser interrompida em nossa vida adulta, principalmente porque é justamente nesse momento que este esporte tão saudável vai fazer toda a diferença, evitando o assédio das potenciais doenças que carregamos em nossos genes.
Se não entendermos a necessidade de correr com parcimônia e muito cuidado, estaremos plantando o desgaste prematuro de nossas articulações, músculos e ossos. E quando chegarmos a este momento venturoso e mágico, a esta hora máxima de nossa existência, não mais a teremos para nos ajudar.
Os músculos que ela revitaliza é que possibilitam a mágica da circulação sanguínea em toda a sua plenitude. Mesmo em idade mais avançada, faz florescer em nosso organismo uma vitalidade inconfundível que uma pessoa ativa traz no âmago de sua alma.
Esses músculos, no entanto, têm de ser bem tratados para produzir sempre, e com a mesma qualidade, esta tão vital circulação do sangue em todo o nosso organismo. Uma coisa devemos ter como verdade: onde o sangue chega abundante, a doença não entra nunca.
A corrida cria uma energia que nos contagia e nos eleva a um plano diferenciado de entendimento na contemplação da vida. Energia que comunga com o universo e absorve dele toda a sua força e poder. Quando corremos dentro de nossos limites de oxigenação plena, recebemos tudo o que há de bom. Nos tornamos ativos com a vida, fazendo dela um momento contínuo de beleza. Correr pode nos encaminhar também para a plenitude de entendimento, percebendo em nossa alma uma inconfundível sensação de bem-estar e equilíbrio.
(Coluna publicada na Revista O2, edição #136 – agosto de 2014)
*Por Nuno Cobra
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