Não é uma prática normal, mas de uns cinco anos para cá, volta e meia, vemos cancelamentos e adiamentos de corridas sem motivos plausíveis e aparentes.
Não devemos generalizar, mas muitos desses cancelamentos tem indícios de golpes, muitos beirando o estelionato. Crime, mesmo, não há outra definição.
Um dos casos mais rumorosos aconteceu em julho em uma corrida que as inscrições começavam com parcos R$ 29,00 sem direito a camiseta e com opção de um kit mais recheadinho.
A prova contou com três dias de entrega de kits na qual tudo transcorreu normalmente e nenhum sinal de anormalidade foi percebido.
Importante salientar que tanto essa entrega de kit, como a prova, acontecia no extremo noroeste da cidade de São Paulo, ali no início da Rodovia Anhanguera. Para quem não conhece São Paulo podemos dizer que é um local que não é de fácil acesso.
A prova tinha largada às 6h30 em um dos dias mais frios do ano e os corredores madrugaram para estar no local. O que ninguém esperava era que a organizadora por volta das 5h da manhã emitisse um lacônico comunicado em seu Facebook cancelando o evento sem explicar os motivos. Nesta hora muitos estavam a caminho do evento.
Chegando lá os corredores deram de cara com uma viatura da PM e só. As informações dão conta de quase 2000 inscritos. Três dias depois o comunicado de cancelamento foi deletado da página do Facebook, ninguém recebeu resposta, muito menos o reembolso.
Nos dias atuais é muito fácil criar um material gráfico atraente que vende mundos e fundos. É uma corrida literalmente virtual, que só existe no papel. Trata-se de prova clandestina ou pirata como queiram.
Para entenderem o procedimento de validação de uma corrida em grandes cidades: o organizador deve inicialmente contatar a prefeitura através da secretaria de esportes que cuida do calendário. Essa aciona os responsáveis por cada área: a CET para fechar as ruas, permissão da prefeitura regional para utilizar a área, PM , GCM, fiscalização da área médica através do GPAE (Secretaria de Saúde ). Por isso, cobra-se uma taxa para licenciar a prova. Posteriormente as federações de atletismo emitem o permit que é a chancela que comprova as normas técnicas.
No caso de provas clandestinas, o organizador simplesmente arma sua arena em um ponto pouco movimentado e “arma o circo”. Se colar (ninguém impedir tal montagem), colou. Caso “cole” a prova acontece sem trânsito controlado, na maioria das vezes sem seguro de vida, sem equipes médicas. Em suma, um verdadeiro perigo.
Com esse cenário, os corredores devem se atentar e se informar. Sugiro:
Valorize os verdadeiros organizadores.
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