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Começada a temporada de corridas do ano de 2017, é hora de programar seus desafios ao redor do mundo. Em muitas dessas oportunidades, muitos corredores viajarão de avião para chegar ao destino de sua competição. A dica de corrida valiosa que trago comigo surgiu após ler um relato em meados dos anos 90 no qual um corredor teve extraviada sua mala pela companhia aérea.
Ele precisou comprar todo equipamento novamente para participar da prova. Além disso, teve stress e prejuízo econômico. Por isso, sigo uma regra rígida que creio ser útil para todos.
A dica de corrida que vale ouro é: leve todo equipamento de corrida e uma muda de roupa “social” na mala de mão. Na mala despachada, deixe só os demais pertences.
Para quem acha que o raio só cai ao lado, eu mesmo tive uma experiência como essa que, no meu caso, poderia ter trazido consequências graves. Era 2014. Após o cancelamento de uma utramaratona do Brasil que me daria os dois pontos faltantes para poder me inscrever na Ultratrail do Mt. Fuji, no Japão, tive que sair à caça de uma ultra elegível para completar os pontos.
A única competição que achei aconteceria nos confins da América do Sul. Era a belíssima Ultratrail Torres del Paine, com o agravante que a prova aconteceria no último fim de semana dentro do prazo para a obtenção dos pontos. Frente a esse cenário, era correr e ter que chegar mesmo mancando – o importante era ter os pontos.
Chegando a Santiago do Chile para fazer a conexão para Punta Arenas, vou para a esteira retirar minha bagagem para despachá-la e onde ela estava? Só Deus deveria saber. Tive que embarcar para a conexão com a promessa que encontraria meus pertences no destino. Ledo engano.
A minha sorte é que todos os meus pertences estavam na mala de mão, e olha que era um trail run, em que a lista de equipamentos é enorme. Dentro dessa mala de mão havia, além dos equipamentos, algumas roupas sociais e os itens de higiene pessoal. Além disso, é sempre bom levar consigo a tiracolo uma grande e boa jaqueta de frio.
Ao desembarcar em Punta Arenas, nada da mala. Fui para o hotel. Voltei no dia seguinte ao aeroporto e nada.
Chegou o dia da prova. Corri, completei meus 67 km dentro do tempo-limite e trouxe os dois pontos que me faltavam. Estava elegível para a Ultra Mt. Fuji. Ufa!
A mala? Fui encontrá-la dias depois em uma salinha do aeroporto de Santiago, intacta e sem uso.
O raio pode cair na sua cabeça, sim. Lembre-se disso.
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