Classificada para disputar a maratona dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a atleta Sueli Pereira Silva foi suspensa pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) quando foi flagrada por uso da substância dopante EPO na disputa da Corrida Internacional de São Silvestre, prova em que conquistou a quarta colocação e foi a melhor brasileira.
Uma semana depois, na Corrida dos Reis, em Cuiabá, foi a vez de o atleta Ronald Quirino ser pego no exame antidoping utilizando a mesma substância dopante. Sueli voltou a ser flagrada nessa prova.
Seriam mais dois casos “isolados” se Ronald não fosse filho de Sueli. Ambos foram suspensos por quatro anos.
O ciclo do escândalo do doping familiar ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira, 23, quando a CBAt baniu de forma vitalícia o técnico de atletismo Ronaldo Quirino de Moares, que orientava ambos os atletas.
O bizarro nesta triste história é que o hoje ex-treinador Quirino de Moares é marido de Sueli e pai de Ronald.
O episódio com certeza desponta como o segundo mais rumoroso escândalo de doping do atletismo brasileiro, sendo superado somente pelo vergonhoso caso do Grupo Rede na primeira década deste milênio.
A CBAt agiu com a energia que a comunidade atlética brasileira anseia.
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