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Quem corre sabe que nossa “carreira” amadora é movida a desafios. O ser humano gosta de se sentir desafiado, testado ou avaliado em qualquer área de nossas vidas. Somos seres competitivos e é isso que faz buscarmos dar sempre um passo a mais. O meu é a busca da maratona perfeita.
Quando comecei a correr em 2010, nunca imaginei que correria uma maratona. Naquela época eu pensava somente em perder peso, estar bem fisicamente e não tinha grandes pretensões no esporte.
Como já escrevi no texto “O que é melhor: o mosquitinho da corrida ou um propósito?”, quando mudamos o significado do nosso esporte e colocamos um propósito em tudo isso, mudamos completamente o objetivo. E isso aconteceu comigo.
Ok! Resolvi correr distâncias maiores. Por um momento, me apaixonei completamente pela distância de meia maratona e me “joguei” nela. Foram mais de 25 provas desde 2012. Se pudesse, fazia uma meia maratona quase que todo final de semana.
Em 2015, resolvi fazer minha primeira maratona e foi logo a Maratona de Berlim, uma das 6 majors do mundo. Nesta periodização aprendi muita coisa: lidar com a lesão, respeitar os 42 km, administrar o controle emocional, lidar com a exaustão e outras coisas mais.
Um ano depois, fiz minha segunda maratona no Desafio do Dunga. Ali foi diversão pura. Correr com os personagens da Disney e realmente voltar a ser uma criança em lugar mágico. Esta prova é muito linda e cheia de uma energia completamente diferente do que vemos em outras maratonas.
No mesmo ano e um pouco antes de passar por um divórcio, fui correr a Maratona do Sol da Meia Noite na Noruega. Nesta prova, tirei zilhões de lições. Aprendi muita coisa sobre a vida e levei alguns “tapas” na cara (mas com luva de pelica, ok!? – Assim foi mais suave).
Então, em 2018 retomei o foco. Queria perder peso e melhorar meu tempo em prova. Fui para a Maratona de Chicago, outra major. E que prova sensacional! Nesta maratona eu aprendi a administrar muito bem a minha cabeça, a ter estratégia em prova e ver como ela te ajuda a te manter inteira em uma prova desta quilometragem.
Consegui baixar 20 minutos do meu melhor tempo em Chicago, o que é um feito importante depois de uma gestação.
E então em janeiro deste ano fui para a minha quinta maratona: a Maratona de Houston, no Texas. Para esta prova, fui extremamente focada pois queria novamente um bom resultado. Tive treinos mais intensos e com técnicas diferentes.
Consegui uma cabeça mais madura, serena, centrada e que buscava um resultado somente para si, para poder planejar outros sonhos, e não para o outro.
Foi então que percebi que minha relação com a corrida tinha mudado novamente, estava mais madura. Fiz uma excelente prova e, de novo, baixei meu tempo em quase 20 minutos! Que feito! Que conquista prazerosa e que alegria!
Toda esta construção levou tempo. Começou lá em 2015 com minha primeira maratona e passou por diversas etapas para que eu pudesse compreender suas lições e aproveitar o máximo delas.
Nem sempre é fácil e simples. Muitas vezes temos medo, ansiedade, dúvidas e receios quanto ao que irá acontecer. Será que vou me recuperar? Será que vai dar certo? Será que vou terminar esta prova?
Sempre dá e digo: quando esta sensação deixar de existir, é hora de buscar um esporte novo.
Tempos oficiais:
Maratona de Berlim: 4h05min
Maratona da Disney: 3h58min
Maratona do Sol da Meia Noite: desclassificada
Maratona de Chicago: 3h38min
Maratona de Houston: 3h20min
E foi em Houston que peguei minha qualificação para Boston, mais um passo em busca da maratona perfeita. A próxima sempre será mais intensa, mais focada e com novos ensinamentos.
A busca nunca tem fim, pois não há linha de chegada para um corredor.
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