Existe luz no fim do túnel para o ciclismo brasileiro?

Atualizado em 04 de julho de 2016

Uma das maiores competições de ciclismo do Brasil, o Tour do Rio (competição a qual sou produtor) sofre com a falta de dinheiro. Em sua 5ª edição, a prova que corta o estado do Rio de Janeiro e que conta com as principais equipes brasileiras e algumas convidadas estrangeiras, não recebeu um repasse de verbas do Ministério do Esporte em condição de convênio.

O valor, segundo Luisa Jucá, organizadora do Tour do Rio, a ser recebido de R$ 1,7 milhão (de acordo com o Ministério do Esporte é de R$ 1,5 milhão), e seria usado para cobrir passagens, hospedagem, alimentação, transporte e premiações. Sem o dinheiro, o Tour 2014 precisou encolher e conta este ano com menos equipes.

Em entrevista à rádio CBN, Luisa explicou que o Ministério do Esporte alegou problemas burocráticos e que não poderia complementar o convênio antes do início do evento. Ainda segundo a organizadora, este problema já havia acontecido no ano passado.

Luisa também criticou a Confederação Brasileira de Ciclismo, que não propõem nenhum tipo de ajuda, seja ela financeira ou estrutural, e a Prefeitura do Rio de Janeiro que, além de não ceder R$ 1,00, ainda cobra para que a caravana passe pela cidade.

Lembrando que o Tour do Rio é uma competição que faz parte do calendário da UCI (União Ciclística Internacional) e que por isso conta pontos para o ranking mundial, o principal critério para a definição das vagas dos próximos Jogos Olímpicos, bem como a única competição de ciclismo confirmada no país antes da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.

Com tantos problemas na organização das principais provas de ciclismo do Brasil, e a falta de estrutura e investimento das equipes nacionais, a pergunta que fica é. Existe luz no fim deste longo túnel pelo qual passa o ciclismo brasileiro?

Foto: Márcio Rodriguez/mpix