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Assim como Fidípides, Fausto, que aos 80 anos de idade nos deixou neste último Natal, tinha nome de grego e era corredor. E teve importância enorme na formação deste corredor que vos escreve, já que foi o primeiro atleta praticante de corridas que conheci em minha vida.
Morávamos no mesmo prédio no centro de São Paulo. Lembro na minha infância de vê-lo chegar à nossa rua de regata e calção das três listas suados.
Já na adolescência, quando chegava dos treinos, invariavelmente nos contava seus feitos. Nós, na fase bobinha da vida, colocamos à prova suas palavras naqueles finais dos anos 70: “Saí de manhã e fui até o Pico do Jaraguá. Subi, desci e voltei correndo”.
Quando ele dava as costas, ríamos como quem dizia: “Vai contar lorota em outro lugar. Como assim correr 30km, 40km a pé?”, questionávamos.
E por anos e anos, na verdade até este ano, o via chegar trajando roupa de corredor.
Atualmente, nossa conversa era outra. Era eu quem lhe falava que havia corrido quilômetros a fio e ele em sua simpatia sorria e me abraçava.
Tive a felicidade de lhe contar que ele foi meu primeiro incentivador e que a ele devia o status de ser um corredor.
Hoje, já com saudades, só tenho a agradecer: obrigado, Fausto, o grego brasileiro, aquele a quem devo ser corredor.
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