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Se ao cronista compete registrar o tempo, o seu particular e aquele em que vive, grave falta de ofício eu cometeria caso não escrevesse aqui acerca da pandemia do coronavírus e da recomendação da Organização Mundial de Saúde de que as pessoas cumpram o chamado isolamento social, o que necessariamente afasta os corredores das ruas.
Dia desses, ouvi Ed Motta dizer, penso ter sido ao Jô Soares, que ele, Ed Motta, pouco sai de casa, que chegou a ficar mais de trinta dias sem faze-lo, e que pretendia bater o próprio recorde. Se ainda não o bateu, é provável que agora o faça, forçados todos que estamos a ficarmos trancados em nossos lares.
Ed Motta gosta de vinhos, cervejas; e de música, claro. Em casa, ele pode usufruir do que gosta.
Para quem gosta de correr na rua poderia ser mais difícil do que para o Ed Motta cumprir o necessário confinamento.
Ocorre que o correr na rua não exclui o apreciar um bom vinho, uma boa música e, no meu caso, sobretudo um bom livro. Mas a questão é sobretudo gostar do próximo. Deixar de sair significa se proteger e, também, proteger o próximo.
Corridas estarão a nossa espera, quem sabe para tirar a prova real do que valemos.
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