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E primeiro vieram os monitores cardíacos… Revolucionaram! Todo corredor queria ter o seu. Programar os treinos, controlar a intensidade, avaliar possíveis melhoras, iniciar programas de treinamento para portadores de necessidades especiais, eram algumas das utilidades dos monitores cardíacos. De repente, o GPS de pulso é apresentado ao universo da corrida. E foi a vez desse novo equipamento se tornar o sonho de consumo dos corredores. Mas a grande questão é: qual parâmetro usar no treino, frequência cardíaca ou velocidade? Será que todos nós sabemos a importância de se treinar com a frequência cardíaca? E a velocidade, quando utilizá-la?
De um modo geral , quando queremos melhorar nosso condicionamento físico, seja porque estamos iniciando um programa de treinamento, voltando de um longo período pós-lesão ou realizando um trabalho de base, por exemplo, necessitamos gerar adaptações “centrais”. Tais adaptações estão relacionadas sobretudo ao sistema cardiorrespiratório. Desta forma, a frequência cardíaca é o melhor índice a ser utilizado para controle das sessões de treinamento. Controlar a intensidade, a recuperação e até mesmo se estamos muito cansados ou recuperados (frequência cardíaca basal e variabilidade da frequência cardíaca) são formas de utilizar a frequência cardíaca durante os nossos treinamentos.
Mas e a velocidade ou pace? Bom, passado aquele período em que já conseguimos alcançar um bom nível de condicionamento físico, está na hora de gerarmos adaptações “periféricas”, que são aquelas relacionadas à musculatura envolvida na atividade. Nesse momento passamos a utilizar “mais” (e não somente) a variável velocidade/pace do nosso GPS para controlar o treinamento. Variações na velocidade durante o treino irão, por exemplo, ativar mais (ou menos) as fibras de contração rápida, as de contração lenta, ou ambas. Também irá atuar na produção e na remoção do ácido láctico, entre outras respostas fisiológicas. E tudo isso, somado a um bom condicionamento físico, nos permitirá correr mais rápido, correr por mais tempo ou ainda correr por mais tempo e mais rápido.
Portanto, todas as vezes em que planejamos uma sessão de treinamento, ao utilizarmos um computador de treino (GPS + FC) devemos considerar: nível de condicionamento; período em que o atleta se encontra (base, específico, competitivo); objetivo da sessão de treinamento; e qual tipo de adaptação fisiológica queremos gerar.
Vale sempre relembrar que a frequência cardíaca é uma variável que sofre influência de diversos fatores, tais como temperatura ambiente, hidratação, nível de estresse, entre outros. Ou seja, a utilização desta variável para o controle do treinamento deve estar aliada ao bom-senso.
Agora será mais fácil sabermos quando treinar baseado em frequência cardíaca ou velocidade, ou em ambos.
Bons treinos e até a próxima!
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