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Após essa primeira etapa, que na minha opinião, é uma das mais importantes, segue uma série de acontecimentos que muitas vezes se tornam uma pedra no caminho. Então, abordarei algumas dicas para que possamos contornar as dificuldades e seguir focado nos objetivos, seja ele performance, lúdico, saúde, sociabilidade…
No universo da corrida, eu diria que temos atletas em dois mundos diferente: o primeiro é do corredor avulso, aquele que não tem acompanhamento, que busca o conhecimento em revistas, internet, conversando com colegas e de outras maneiras. Já o outro seria aquele que tem um profissional capacitado para auxiliar, podendo ser uma equipe/assessoria ou, até mesmo, um personal trainer.
Nesse primeiro caso, eu diria que temos o atleta que corre mais riscos, pois muitas vezes ele não conhece o seu limite, e vai acabar descobrindo isso da pior maneira: quebrando no treino ou em prova, ou até mesmo se lesionando. Aqui, surge o ponto de partida para quem quer correr independente de ter acompanhamento ou não. Aprenda a perceber os sinais do corpo, seja ele os de cansaço muscular, déficit alimentar ou falta de repouso e respeite-os!
Não é porque seu amigo corre cinco vezes na semana que você tem que correr também. Um programa inicial de treinamento deve ser elaborado com treinos de duas a três vezes na semana e, preferencialmente, com um dia de intervalo entre eles. Personalize seu treino com base em sua frequência cardíaca ou em algum teste cardiorrespiratório. Só assim, você terá um treino específico com base na individualidade biológica.
Já no mundo do corredor que treina com acompanhamento, essa é a preocupação que sua equipe/treinador deverá ter para poder extrair o máximo de desempenho, sem comprometer sua saúde. Além do mais, o acompanhamento no dia a dia faz com que o professor tenha um cuidado muito maior, podendo realizar os ajustes necessários com muito mais precisão.
Apesar da corrida ser um dos esportes mais democráticos, e não precisar de muitas indumentárias, é importante pelo menos um tênis de qualidade e, de preferência, que seja de acordo com seu tipo de pisada (neutra, supinada ou pronada). Ele será a chave para diminuir o impacto nas articulações, diminuindo o risco de lesões.
Ao iniciar o treinamento é comum um desconforto, principalmente, em musculaturas que até então estavam esquecidas. Então, não esqueça de um bom aquecimento e, ao final, de um alongamento que contemple todo o corpo, focando nas articulações mais encurtadas. Caso esse desconforto se transforme em dor (a qual é limitante), busque ajuda de um profissional para poder avaliar o grau da lesão e se há algum desequilíbrio corporal ou excesso na carga de treinamento.
Quem treina com assessoria ou grupo de corrida tem a vantagem de ter parcerias de treino e professores que estarão fazendo o papel motivacional, o que acaba auxiliando na adesão, principalmente, nos primeiros meses, quando ainda está se criando o hábito de correr e começando a curtir o prazer da atividade física através da liberação de hormônios do prazer.
Mas independente de treinar sozinho ou acompanhado, mantenha-se motivado, busque inspiração em pessoas próximas, valorize as pequenas conquistas e não se preocupe em evoluir em todos os treinos, assim como precisamos dormir em torno de oito horas, para acordarmos com todo gás, é importante que dentro do planejamento de corrida, tenha uma semana mais leve para uma recuperação plena e assim o corpo possa descansar e “assimilar” o condicionamento ganho.
Caso você passe da conta, seu corpo irá reagir, e no próximo texto falaremos um pouco sobre as principais lesões que assombram os corredores.
Grande abraço e #vamoscorrer!
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