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Jejum intermitente: estudos apontam possíveis benefícios

O jejum intermitente tem sido bastante discutido ultimamente. Inclusive, alguns nutricionistas já utilizam essa estratégia com seus pacientes com diversos objetivos. Será que vale a pena?

Há muito tempo a recomendação básica de todo nutricionista é fazer o fracionamento da alimentação em cerca de 5 a 6 refeições diárias e, portanto, comer com intervalos de 3 horas. Fazendo desta forma, seria mais fácil alcançar o valor calórico total obtendo grande variedade de nutrientes e compostos bioativos, além de melhorar a saciedade e reduzir a compulsão alimentar e os níveis sanguíneos de glicose, cortisol e colesterol.

Com o aumento dos estudos sobre o jejum e suas implicações metabólicas, já temos diversas teses que mostram possíveis benefícios do jejum intermitente, como: controle do aumento de cortisol a longo prazo; melhora da função cerebral; utilização dos estoques de glicogênio hepático e tecido adiposo como substrato energético (emagrecimento); ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, reduzindo hormônios que controlam a fome e sensação de saciedade, como a leptina e insulina.

De acordo com um estudo feito pela Harvard, o jejum pode até aumentar a expectativa de vida, isso porque restringir  a dieta faz com que as redes mitocondriais dentro das células mantenham-se “jovens”. 

Os pesquisadores descobriram que restringir a dieta dos vermes, ou imitar a restrição alimentar através da manipulação genética de uma proteína sensora de energia chamada proteína quinase ativada por AMP (AMPK), manteve as redes mitocondriais em estado fundido ou “jovem”. Além disso, eles descobriram que essas redes jovens aumentaram a duração da vida ao se comunicar com órgãos denominados peroxisomas para modular o metabolismo das gorduras.

 

 

Em relação ao desempenho esportivo, os resultados dos estudos são conflitantes, sendo que a maioria mostra que não houve alteração da composição corporal (no tempo do estudo), que a força muscular foi preservada em exercícios resistidos (exemplo: musculação ou levantamento de peso) e que houve redução da velocidade e aumento de fadiga em exercícios de endurance (corrida e bike).

Os estudos sobre o tema ainda são considerados escassos e limitados para que seja possível estabelecer os reais efeitos do jejum intermitente no controle metabólico. Talvez utilizar o jejum como estratégia nutricional pontual (em casos específicos e respeitando a individualidade do paciente) seja mais indicado enquanto mais estudos não são produzidos.

Procure sempre a orientação de um profissional da área médica antes de fazer este jejum.

Thais Barca

Nutricionista pela Universidade Mackenzie e proprietária da Clinutri Nutrição Clínica e Esportiva, na Penha (SP). Pós-graduada em Nutrição Aplicada ao Exercício Físico pela USP e pós-graduanda em Fitoterapia Funcional pela VP Consultoria. Apaixonada por exercícios desde os 4 anos, quando praticava natação e ballet. Desde então, passou por musculação, corrida, circo, muay thai, jiu-jitsu, pilates e crossfit. Há 2 anos apaixonada pelo crossfit!

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Thais Barca

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