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No último final de semana, ocorreu uma das mais belas maratonas mundiais, a tradicional Maratona de Berlim. Teve muita gente suando e colocando a língua de fora para completar mais esta façanha, mas o ponto alto da prova era a tentativa de quebra do recorde mundial, o que não ocorreu mesmo com o queniano Eluid Kipchoge colocando não só a língua de fora, mas também as palmilhas dos tênis.
Isso mesmo. O calçado, em uma determinada parte da prova, começou a expulsar a palmilha para fora. E como o atleta brigava pela vitória — e possível quebra do recorde mundial — decidiu não parar para retirar as palmilhas dos tênis, pois além de perder um tempo fundamental para seus objetivos, relatou que também poderia sentir dores, já que sem as palmilhas o calçado se tornaria mais rígido. Lembrando que os calçados utilizados por fundistas da elite possuem um perfil mais baixo e são mais rígidos que os utilizados pela grande maioria dos corredores, objetivando uma resposta rápida e eficaz ao contato com o solo.
Hoje, no mercado mundial de running, existe uma onda que conspira a favor dos corredores utilizarem tênis minimalistas e muitas das vezes eles são estimulados a correr sem calçado.
Desde a criação e evolução dos calçados esportivos, o objetivo principal do solado é de proteção e absorção do choque gerado pela energia desprendida no contato com o piso a cada passada. Pensando nisso, seria benéfico corrermos descalços? O atleta precisa estar descalço para correr de forma correta? Você acredita que podemos prevenir lesões correndo descalço? Menor impacto com ou sem calçado? Melhora da postura na corrida?
Essas são algumas das inúmeras questões que nos causam dúvidas quando paramos para pensar ou bater papo com amigos em uma rodinha de corredores. Perguntas essas ainda sem respostas, devido à baixa quantidade e qualidade dos estudos.
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