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Afinal, qual é a diferença de uma das maiores maratonas do nosso país (a Maratona de São Paulo) para as grandes maratonas do mundo (exemplo de Nova York)?
Fui direto na que acredito ser a maior e melhor de todas, a Maratona de Nova York, com mais de 50.000 participantes e que acontece, SEMPRE, no primeiro final de semana de novembro. SEMPRE, com o mesmo percurso e, SEMPRE, com o mesmo padrão de qualidade.
Baseado nas pequenas afirmações acima, você já pode notar algumas diferenças que fazem TODA a diferença!!! Mesma data de realização no ano, mesmo percurso e mesma qualidade.
Utilizando sempre a mesma data de realização, a prova se torna tradicional, esperada e utilizada como projetos esportivos de muitos participantes. Quando temos o mesmo percurso a prova se torna mais confiável, conhecida e com a possibilidade de uma programação de treinamento. Quando se conhece a qualidade de sua realização, temos uma prova participativa, onde o corredor incorpora como se fosse dele a emoção e orgulho do seu sucesso.
Ainda temos alguns itens importantes que nos torna diferente da Maratona de Nova York. Na realidade, a cidade por completo tem que entender que a maratona é um evento turístico e que deve ser incorporado por todos os órgãos que desejam um retorno positivo deste evento. Nova Iorque Nova York para por conta da maratona, incorporando e vivendo de seus benefícios econômicos e sociais. O Brasil sentiu um pouquinho deste prazer na última Copa do Mundo onde víamos ingleses, italianos, croatas e outras pessoas de diversas nacionalidades andando pela Avenida Paulista, Orla de Copacabana e vários outros pontos turísticos do nosso país. Na Maratona de Nova York, isso acontece. E me arrisco a dizer que com ganhos econômicos anuais muito maiores do que os que tivemos em uma única Copa do Mundo de futebol.
A mudança de filosofia atrai novos parceiros, muitos parceiros, grupos que desejam ver seu nome ligado a um movimento mundial e que sabe reconhecer um evento de sucesso. Por conta disso, vemos grandes marcas com seu espaço merecido e reservado em todas as ações da corrida. Isso gera mais dinheiro, melhores bonificações, a vinda de atletas mais gabaritados que levarão mais pessoas as ruas para vê-los, maior movimento de mídia e maior sucesso.
Quando deixamos de pensar em uma prova como uma dificuldade para os nossos órgãos públicos, como se fosse um problema para o trânsito, como se atrapalhasse a vida das pessoas, como um evento que pode ser realizado por amadores… E começamos a pensar em um evento internacional, que irá trazer muitas pessoas de todos os cantos do mundo, que irão se hospedar nos nossos hotéis, comer em nossos restaurantes, comprar em nossas lojas e se relacionar com o nosso povo trazendo e levando cultura, a maratona deixa de ser um programa no domingo de manhã e passa a ser um patrimônio da cidade ficando cada vez mais próximo do corredor, consumidor, cidadão.
Acredito que o Brasil esteja passando por mais uma fase de transformação e fico feliz que, desta vez, seja mais rápida, graças a velocidade da comunicação. Tenho certeza que muito em breve estaremos tendo uma visão mais positiva e engrandecedora de um evento esportivo e faremos da Maratona de São Paulo um grande motivo de orgulho e maior relacionamento entre povos.
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