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Maratona nacional ainda é o melhor plano B

Com a nova agenda imposta pela pandemia do coronavírus (Covid-19) no Brasil e a concentração de provas entre setembro e novembro, notadamente no último mês quando se concentrarão algumas das principais maratonas nacionais, veremos uma movimentação de mercado interessante.

A tendência é que se diminua a incidência de finishers nas tais competições. Se olharmos o calendário, temos agendadas para dia 02 de novembro a Maratona de São Paulo; 08, a Maratona de Porto Alegre; 15, a Maratona de Curitiba; e dia 15 os 10K Tribuna FM, segunda maior corrida pura brasileira.

Outras duas provas importantes ocorrerão em outubro: os 42k de Floripa e a Maratona do Rio, ambas no dia 11.

Corredores que faziam duas a três maratonas por ano passarão a optar por uma das nacionais ou das estrangeiras que também se encavalaram nos meses de setembro a novembro, inclusive com cinco Majors.

Mais uma vez, é olho no calendário, se é que teremos chances daqui a seis meses de correr. É preciso acompanhar o cenário europeu, que não acredito que se recupere até lá. O cenário não é claro – e não sou vidente – mas é só notar que mais de 500 italianos morreram a cada 24 horas nos últimos dias.

A Espanha é o segundo grande foco depois da Itália no continente. Geograficamente estão em pontas extremas do sul da Europa, o que por si só é preocupante.

Globalmente mais de 200 mil casos de doenças respiratórias foram registrados até o momento e enquanto escrevo essa coluna os Estados Unidos já têm 33 mil casos e 428 mortes registradas em 54 estados. Ou seja, nada garante que o achatamento da curva de casos vá acontecer. É uma incógnita histórica.

Aliás estávamos vivendo a história, em parte pela força da redes sociais que mostraram a evolução de um vírus em real time. No procedimento de combate à SARS, a gripe aviária, no começo da década de 10 e também na China, o público não tinha tanta informação.

Bem, é um jogo de pôquer, do blefe. Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come. Mas uma decisão precisa ser tomada em relação ao plano B, que para muitos já se tornou o C, ou o D.

Inscrever-se em uma maratona nacional como salvaguarda da ida ou não para a disputa internacional no outono do hemisfério norte é a melhor opção.

Harry Thomas Jr

Jornalista especializado em corridas de rua desde 1999, Harry competiu pela primeira vez em 1994 e desde então já completou 31 maratonas – sendo três sub 3 horas: São Paulo (2h59min30), Nova York (2h58min20) e Blumenau (2h58min10). Também concluiu seis Ultratrails: 60K Ultratrail Putaendo, 67K Ultratrail Torres del Paine, 50K Indomit Costa Esmeralda e os 50K Ultra Fiord por três vezes. Já correu em países como Argentina, Chile, Estados Unidos, Grécia e Japão.

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Harry Thomas Jr
Tags: Adaptação

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