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Segundo os estudos, os recordes da maratona vêm caindo, desde a década de 1990, quatro vezes mais rápido do que nas décadas anteriores. Se levarmos isso em consideração, antes de 2030 os corredores de elite correrão a maratona sub-2h, ou seja, abaixo das 2 horas.
Vale lembar que o atual detentor do recorde mundial, o queniano Dennis Kimeto, conquistou o posto em 2014, na cidade de Berlim, com o tempo de 2h02min57s — ainda 3 minutos distante da almejada maratona sub-2h. Assim, fica a pergunta: o que será que falta para alguém chegar a esse feito? Condições técnicas, fisiológicas e psicológicas melhores? Condições ideais de prova, como percurso e temperatura?
Seguindo as análises realizadas por Alex Hutchinson, físico e corredor norte-americano, a combinação de vários fatores, interdependentes (e difíceis de ser reunidos em uma condição específica), pode determinar esse feito. Apenas a combinação ideal entre o percurso perfeito, o clima perfeito e o atleta perfeito trará a quebra da marca das 2 horas!
O PERCURSO
Os últimos seis recordes da maratona foram quebrados em Berlim. Por ser totalmente plana, a prova permite a manutenção da inércia de movimento e a economia de energia em uma velocidade de corrida alta. Outro fator é a resistência do ar: quanto mais rápido o corredor, maior a resistência que ele enfrenta. Por esse motivo, os pacers, ou “coelhos de prova”, costumam formar uma parede na frente dos principais corredores para diminuir a resistência a fim de que tenham energia para correr ainda mais rápido.
O CLIMA
Temperaturas baixas favorecem a dissipação do calor. O corpo humano é uma grande “fornalha” que converte a energia provinda do alimento em movimento e calor. Nos corredores de elite, essa produção de calor tem de ser dissipada com muita eficiência por meio do suor, o que evita o superaquecimento e a queda da performance. Quanto mais rápido, mais eficiente deve ser a troca e dissipação com o meio.
O CORREDOR
Nada menos do que 90 dos 100 tempos mais rápidos da maratona estão com quenianos (57) e etíopes (33). O mais provável é que um corredor de uma dessas duas nações seja o primeiro homem a correr a distância abaixo das 2 horas.
O fator fisiológico combinado à economia mecânica são a chave para essa quebra. A melhora da relação entre dispêndio energético e velocidade da corrida será determinante. Fatores como altura, peso e idade também serão determinantes, assim como a motivação para correr mais rápido — que psicologicamente é mais estimulada em treinos em grupo – situação comum nos training camps no Quênia e na Etiópia.
Bom, agora vem o mais importante: para uma maratona sub-2h, torcer para que essas condições ocorram algum dia, no mesmo momento, com os corredores certos e no local certo!
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