No texto anterior, eu comentei que o descanso é um dos fatores que mais influenciam a nossa performance, o que é na verdade muito óbvio, mas não simples de colocar em prática.
A premissa básica é: para que você tenha os resultados que busca nos treinos (ou nos estudos, no trabalho, nos relacionamentos), você precisa de tempo para se recuperar mentalmente e fisicamente de todo os estímulos gerados enquanto você estava “agindo”.
O que acontece muitas vezes é que, com a lista interminável de coisas que queremos – ou temos – que fazer, acabamos fazendo demais, colocando cada vez mais coisas na lista, sempre pensando no próximo passo a ser dado e acabamos perdendo a conexão com os sinais que nosso corpo nos dá avisando que precisamos de um tempo.
O oposto também é verdadeiro e igualmente prejudicial: olhamos a lista e dá uma angústia danada de ver aquilo tudo que preferimos ignorar. Acabamos perdendo um tempão dentro do box não fazendo o que tínhamos nos proposto porque, afinal, estamos cansados, mas chegamos em casa e em vez de descansar nos envolvemos com outra atividade – como gastar horas na internet, em algum aplicativo, vendo alguma coisa que nos prende mas nem sempre nos entretém. Isso também não é descansar.
De um lado ou de outro, é importante para nossa performance entender de forma consciente o que o corpo nos pede e dar o que ele precisa, do jeito certo. Mas e aí, como a gente faz para saber se está na hora de descansar ou se é só preguiça mesmo? Veja os sinais:
Basicamente, parece que a cabeça não está no lugar. Você não consegue manter o foco que costuma ter nem a disposição e a energia habituais. Talvez esteja esquecendo muitas coisas – carteira, chave, uma reunião.
Quando isso acontece comigo e eu ainda não consigo nem me imaginar levantando uma barra, eu já ligo as antenas. Se penso em outras tarefas que gosto ou preciso fazer e pareço sentir uma necessidade de arranjar energia dos deuses, há uma chance muito, muito grande de não ser preguiça. É o primeiro sinal que pode te atrapalhar com sua performance.
Bom, todos nós sentimos dores musculares depois de treinar, algo que faz parte do treino e da adaptação para termos resultados melhores.
No entanto, se essa dor é muito forte, acompanhada de inchaço – que às vezes deixa a região até menos definida – ou rigidez muscular quando você toca a região, atenção: é hora de beber mais água e ajustar o treino do dia seguinte para algo com menor intensidade e cargas mais leves, como um dia de recuperação ativa.
Dores que persistem por mais de 48 horas sem muita melhora também indicam que tirar um dia de descanso ou treinar em baixa intensidade faria bem.
Se depois de averiguar as duas questões você optou por ir treinar, tudo bem. Após 15 ou 20 minutos de aquecimento, saiba que você provavelmente estará se sentindo confiante para treinar. Talvez você tenha conseguido relaxar e aquele cansaço era mais mental que físico, então você se sente feliz em estar lá, treinando.
Se não for o caso e você ainda estiver sentido dores que incomodam ou aquela sensação de que não devia estar ali, considere novamente reduzir a intensidade ou apenas alongar, mobilizar, correr ou remar leve. Ou talvez conversar com a galera e ir embora para voltar melhor no dia seguinte (rs).
Todas essas questões ligadas à performance são subjetivas e requerem auto-conhecimento. Seja franco com você mesmo: eu tenho dormido bem, me alimentado bem? É físico ou é simplesmente preguiça de treinar? Tem alguma outra questão na minha vida que está interferindo na minha motivação para treinar ou na minha recuperação?
Converse sempre com seu coach.
Bons treinos!
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