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Esta é a semana das provas mais disputadas do atletismo nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. E não basta apenas torcer a favor ou contra, é interessante aprender um pouco com os atletas de elite. Por isso, este artigo servirá de guia para que você possa tirar informações valiosas sobre os corredores e tente aplicá-las nos seus treinos. Melhore sua corrida!
Nas provas de velocidade, você pode replicar esses detalhes quando for realizar os treinos de tiros mais curtos:
1 – Os calcanhares não encostam no chão. Quanto maior a velocidade, mais o apoio passa para a parte da frente dos pés, favorecendo a impulsão horizontal e utilizando os músculos do quadril, coxas e panturrilhas.
2 – Os braços realizam movimentos bem mais amplos. Quanto maiores esses movimentos (desde que sejam feitos para frente a para trás e não para cima e para baixo), maior será a impulsão horizontal.
3 – O abdômen está sempre contraído e o tronco raramente sofre rotações. Do contrário, a lombar pode ser sobrecarregada, fazendo com que o atleta perca a força nos membros inferiores, além da perda de energia para as rotações do tronco.
4- A força que joga uma coxa para trás é a mesma que potencializa o movimento da outra coxa para frente. E não o contrário. Esse movimento deve ser feito utilizando os glúteos, os músculos mais fortes para essa tarefa.
5- Os movimentos verticais são mínimos. Quanto menos “saltitante” é a corrida, maior é a eficiência do movimento.
Já nas provas mais longas, o interessante é comparar as características individuais de cada atleta:
1 – Atletas com pernas muito mais longas, como alguns africanos, parecem correr com os joelhos sempre mais dobrados. Isso pode exigir mais esforço dos músculos anteriores da coxa, mas dependendo do peso corporal da pessoa, não gera nenhum tipo de lesão e ainda por cima consegue mais velocidade por longos períodos de tempo.
2 – Alguns realizam mais movimentos da coxa para frente do que para trás. É o que diferencia pessoas que possuem mais movimentos de extensão do quadril, favorecendo o uso dos glúteos e levando vantagens na hora das subidas e ganhos de velocidades maiores (ataques).
3 – Os orientais costumam ter pernas mais curtas e tronco mais comprido, exigindo deles passadas mais rápidas. O que não significa que com o treino não possam ganhar maratonas. Basta lembrar das campeãs olímpicas japonesas Naoko Takahashi (Sidney-2000) e Mizuki Noguchi, com seus 1,50m de altura (Atenas-2004), deixando quenianas e etíopes, com pernas bem mais longas, para trás.
4 – Quanto mais longa a prova, mais magros são os atletas. Quanto mais músculos, mais pesado é o corpo e mais energia precisa ser gasta para fazer com que ele se movimente. É só fazer uma analogia com os carros: quanto mais potentes, mais pesados eles são e mais gasolina é necessária para percorrer uma mesma distância quando comparados com carros mais fracos e mais leves.
A informação mais importante que deve ficar é justamente a da diversidade de técnicas e tipos físicos que atletas de uma mesma modalidade podem ter. O bom rendimento vem da capacidade que temos em usar o máximo do corpo que temos.
Por isso, não tente imitar apenas os movimentos de um único atleta olímpico. Tente experimentar vários tipos diferentes de corridas, de corredores distintos, observando desde o alinhamento do pescoço, rotação dos ombros e tronco, movimentos dos braços e da bacia, amplitude das coxas, graus de flexão dos joelhos, até o apoio final da ponta dos pés.
Por fim, não pense que todos esses detalhes são apenas para profissionais. De jeito nenhum! Saiba que quanto melhor usamos, menos sobrecargas geramos em nosso corpo e mais afastados de lesões ficamos. E para aprendermos a usar o corpo corretamente, nada melhor do que observar quem realmente tenta atingir a perfeição de seus movimentos.
Boa diversão, bom aprendizado e bons treinos!
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