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Costumo chamar de “Efeito Metrô”. É aquele em que vemos o povo brasileiro até mais organizado que nossos queridos orientais. É sabido que em nossas metrópoles, e hoje em dia até em cidades pequenas, somos inundados por bitucas de cigarros, chicletes grudados debaixo de bancos de praças e mesas, um papelzinho aqui que vira uma bolinha que é jogada ali sem ‘perceber’. E sabemos que isso muito acontece em nossas ruas.
Mas o povo, o mesmo que faz sujeira na rua, ao entrar no metrô muda sua postura – e como muda. Passa a ser um dos mais civilizados povos do mundo no quesito limpeza.
Basta testar: jogue algo no chão e observe quantos olhares de reprovação você receberá.
Eu transporto o “Efeito Metrô” para a organização de corridas de rua. Basta ver uma organizadora que aplique a verba de maneira focada e com qualidade e eis o resultado de uma Asics Golden Run, domingo, 31, na cidade de São Paulo, uma prova de “classe mundial”, mesmo com o percurso seletivo.
É o “Efeito Metrô” se impondo. Organizadora que cuida bem dos seus atletas-consumidores recebe corredores contentes e felizes.
Óbvio que havia lixo, mas havia respeito da maioria por baias, filas organizadas (!) para tirar foto do logo da prova, tratamento cordial e educado, entre outras ações de cidadania demonstradas pelos corredores.
Enfim: no “Efeito Metrô”, a roda gira para o bem.
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