Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Em um passado recente, seriam poucas as opções que o ciclismo amador propiciaria aos aficionados deste esporte apaixonante. Várias tentativas ocorreram, muitas vezes alavancadas por incentivadores momentâneos, corporativos ou não, mas sempre com alguém ou alguns interessados em propiciar novidades para o ciclismo de estrada.
Sim, claro que temos, e há tempos, provas incentivadas por ligas do interior, das baixadas e das federações, em especial no Estado de São Paulo, no Rio de Janeiro e sul do País. Mas com todo este movimento pró-bicicleta divulgado pela mídia geral, com as cidades criando canais de abertura para discussão da mobilidade urbana dando voz aos ciclistas, hoje abriu-se um leque de possibilidades de atividades no âmbito participativo e/ou competitivo e de performance.
Teremos uma volta em Goiânia, organizada pelo ex-ciclista Tony Magalhães, apenas para a categoria Master; Bauru sediará o campeonato mundial da categoria ainda este semestre; e Itu está preparando um modelo de prova contrarrelógio que poderá ser realizada na região e divulgada a qualquer momento. Paralelamente a isso, importantes provas do ciclismo de estrada mundial – não apenas as Grandes Voltas, que passaram a ser transmitidas na íntegra, mas provas clássicas como Paris–Roubaix e o campeonato mundial de pista – estiveram presentes na programação dos principais canais da TV paga. Inclusive bares têm promovido eventos com transmissões ao vivo ou gravados desses eventos.
Não são poucas as experiências relacionadas ao ciclismo que podem ser vivenciadas aqui, mas em especial no exterior. Pacotes de viagens, com programas que incluem provas em percursos onde os famosos ciclistas profissionais competem, ou outros com um apelo gastronômico ou turístico, em estradas rústicas mas especialmente belas e seguras, só ampliam mais os horizontes dos novos e antigos apaixonados pelo ciclismo de estrada.
Os grandes fabricantes de bicicletas e centros urbanos do mundo, de cidades já visitadas há tempos pelo turismo, como Roma, Nova York e Miami, por exemplo, já perceberam isso e não têm medido esforços para manter um calendário de eventos de ciclismo anual, que leva seus nomes e sua estrutura para apresentarem seus novos produtos e estimular o mercado, mesmo com um quadro econômico interno e mundial tão ressentido, desconfiado e agonizante em alguns casos.
Por fim, engana-se quem pensa que as pessoas que entram para esta tribo – que não é recente, mas sim crescente – querem apenas assistir ao colorido dos pelotões de bikes e ciclistas passar. Não, quem entra neste círculo virtuoso acaba se contagiando, da maneira mais límpida e intensa, por uma atividade que gera bem-estar, alimentado pela endorfina, somada ao valor incomparável da verdadeira liberdade, do deslocamento do nosso corpo à frente, com peito aberto, vento no rosto, sorriso na face e amigos o tempo todo ao nosso redor. Ótimas pedaladas a todos vocês!
(coluna publicada da revista VO2, edição #109 de Maio/Junho de 2015)
Compartilhar link