O perigo do sedentarismo

Atualizado em 15 de julho de 2016

A baixa aptidão física é consequência da inatividade, do sedentarismo, sendo fator de risco para as doenças cardiovasculares e condição preocupante de saúde pública no mundo inteiro. Tudo isso, devidamente pesquisado e publicado pelos maiores Centros Mundiais de Pesquisas de Controle e Prevenção de Doenças (World Health Organization, 2000).

Muito embora diversas doenças, em especial, as crônico-degenerativas (hipertensão arterial, diabetes, câncer, doenças cardiovasculares, obesidade, osteoporose e depressão), revelarem-se na quarta década de vida, aos 40 anos, a sua sedimentação ocorre mesmo na infância e adolescência, e o SEDENTARISMO parece ter efeito significante dessa condição. O gasto calórico semanal define se o indivíduo é sedentário ou ativo. Para deixar de fazer parte do grupo dos sedentários o indivíduo precisa gastar no mínimo 2.200 calorias, por semana, em atividades físicas (Paffenbarger et al., 1993).

MAS A QUESTÃO É: COMO REVERTER ESSE QUADRO?

Para se promover saúde “o completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente ausência de doenças”, precisa-se quebrar a barreira do sedentarismo com a prática do exercício físico regular.

ENTÃO VAMOS AOS EXERCÍCIOS FÍSICOS…

Uma atividade física planejada, estruturada e repetitiva, que tem por objetivo a melhoria e a manutenção de um ou mais componentes da aptidão física (Caspersen et al., 1985) é um importante elemento na prevenção do risco de doenças crônico-degenerativas. Também, demonstra efeito positivo em variáveis fisiológicas, tais como a frequência cardíaca e a pressão arterial, por provocar alterações autonômicas importantes que vão influenciar o sistema circulatório (Hagberg et al., 2000). São recomendações do Colégio Americano de Medicina do Esporte 30 minutos de exercícios físicos aeróbios com intensidade moderada, uma frequência de cinco dias da semana ou mesmo com um tempo de 20 minutos em intensidades mais vigorosas, em três dias da semana (Haskell et al., 2007). Por outro lado, também é recomendada a prática de exercícios físicos com pesos para o desenvolvimento de força muscular (Pollock et al., 1998). A afinidade com o desporto e sua especificidade, permitem maior aderência e continuidade ao treinamento, principalmente, quando combinado a uma alimentação saudável e balanceada.

Caspersen CJ, Powell KE, Christenson GM. Physical activity, exercise, and physical fitness: definitions and distinctions for health-related research. Public Health Rep.v.100(2):p.126-31,1985.

Haberg JM, Park JJ, Brown MD. The role of exercise training in the treatment of hypertension: an update. Sports Med,v.30: p.193-206,2000.

Haskell WL, Lee IM, Pate RR, Powell KE, Blair SN, Franklin BA, Macera CA, Heath GW, Thompson PD, Bauman A. Physical activity and public health: updated recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Med Sci Sports Exerc. v.39(8):p.1423-34,2007.

Paffenbarger RS, Hyde RT, Wing AL, Lee IM, Jung DL, Kampert JB. The association of changes in physical-activity level and other lifestyle characteristics with mortality among men. N Engl J Med.v.328(8):p.538-45,1993.

Pollock ML, Gaesser GA, Butcher JD, Després JP, Dishman RK, Franklin BA, Garber CE. The recommended quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory and muscular fitness, and flexibility in healthy adults. Med Sci Sports Exerc.v.30(6):p.975-91,1998.

WHO (World Health Organization). Constitution of the World Health Organization. Basic Documents. WHO. Genebra,1946.