Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Nesta semana uma notícia rodou o mundo afetando diretamente cerca de 38 mil corredores. A Maratona de Tóquio, marcada para acontecer dia 1° de março, foi cancelada em função do surto de coronavírus. E, claro, isso trouxe muito prejuízo financeiro e decepção a diversos atletas. Já passei por isso.
Ano passado, depois de viajar 3500 quilômetros fui correr uma prova trail em um lugar inóspito no Estreito de Magalhães, no extremo sul das Américas. Kit retirado, jantar de massas feito, café da manhã degustado, check no ônibus que nos levaria a largada… Faltava o motorista dar partida, quando o organizador entra no veículo e diz: “lamentavelmente a prova está cancelada porque a montanha fechou”.
Conhecendo a região e sabendo que quem manda lá é a natureza, agradeci ao saber que a montanha não fecharia comigo em cima dela. Leia-se: a visibilidade torna-se coisa de um a três metros e não existe para onde ir. É parar sob o risco de hipotermia ou se perder. Mas as pessoas que não conheciam o lugar ficaram revoltadas. Claro, em um primeiro momento a emoção conta mais que a razão.
Porém, o que sabia, mas só tive um insight depois, é que a 300km dali estava sendo disputada uma corrida em Ushuaia, na Argentina. Pensei: “e se eu tivesse me inscrito nas duas sendo uma como plano B?”. Não me inscrevi e fiquei sem correr e com meu prejuízo. Enfim, cancelamentos estão nos regulamentos e sabemos que por motivo de força maior concordamos no ato da inscrição com as consequências.
Como a maioria dos corredores deve saber, três grandes provas na Ásia foram canceladas em razão do coronavírus: Hong Kong, Muralha da China e Tóquio. A prova japonesa causou celeuma entre os corredores brasileiros já que muitos estão buscando as Six Majors e, claro, pela distância entre os dois países torna-se uma viagem cara.
Um caso que chegou até meu conhecimento mostra que ao menos uma brasileira não cancelou a viagem ao Japão e de lá vai trazer uma medalha. Sabendo que a Nagoya Women’s Marathon seria disputada uma semana depois de Tóquio se inscreveu em ambas e seu plano B virou o plano A.
Sei das dificuldades econômicas, mas esses casos mostram que ter o plano B pode ajudar muito a amenizar a frustração. Devemos, também, no ato que estamos negociando passagens, hotéis, etc, se inteirar na política de cancelamento e buscar opções que permitam as remarcações sem prejuízos, e até quem sabe, tentar uma apólice de seguro para esse tipo de imprevisto.
Compartilhar link