O Corre 1 foi lançado pela Olympikus no fim do último ano. É um tênis da categoria amortecimento e que chamou minha atenção pelo preço com que chegou ao mercado: R$ 400. Resolvi fazer um teste duro com ele: correr 1.000 km, sem alterná-lo com outros modelos, nos mais variados terrenos e condições. E descobri que é um tênis com ótimo custo-benefício.
Comecei a correr com o Olympikus Corre 1 no início de novembro passado, mas antes de estreá-lo fiz o mesmo processo que já havia feito com o Olympikus Pride (1 e 2): trocar o cadarço original por um cadarço elástico. Independentemente de eu utilizar cadarço elástico em quase todos os meus tênis (só não uso nos que os passadores não permitem), de qualquer forma eu trocaria o cadarço do Corre 1, mesmo que fosse por outro cadarço padrão. Acho a espessura do cadarços dos tênis da Olympikus muito grossa, não sendo compatível com a própria espessura dos furos passadores.
Cadarço trocado, de forma geral o tênis atendeu bem durante os 1.006 km que corri com ele, não me gerando desconforto relacionado a dores, bolhas, etc. Durante toda a quilometragem, eu não alternei o tênis com nenhum outro modelo, correndo em asfalto, superfície de concreto, um pouco de terra batida, alguns treinos embaixo de chuva, etc.
Não sei se haverá uma segunda edição deste modelo, mas caso haja a Olympikus precisa melhorar o acabamento das bordas da lingueta. Toda vez que eu calçava o tênis, a lingueta dobrava nas laterais e eu tinha que arrumar com o dedo. Não houve uma única vez em que a lingueta não tenha dobrado.
As opções da Olympikus, no meu ponto de vista, para melhorar este fator são colocar um forro interno do colar de melhor qualidade, ou tirar o enchimento de espuma e fazer um colar de calce “tipo meia”.
Com relação à malha de cabedal, mesmo sendo em knit não tive qualquer problema com relação ao calor e quando corri no molhado. Na chuva, o tênis não encharcou a ponto de incomodar, acredito que em virtude das tramas abertas na área dos dedos. A palmilha encharcava e eu só notava quando tirava do tênis para deixar secando. Mas em nenhum momento ela gerou desconforto quando estava molhada.
Considerando o amortecimento do tênis, me atendeu bem. Caso haja uma segunda edição, manteria a composição de borracha e o desenho do solado. Quando postei a foto do solado do Corre1 em meu Instagram, com os 1.006km, algumas pessoas interpretaram como sendo um tênis de qualidade inferior por causa do desgaste. Mas considero esse desgaste normal comparando a outros modelos. Lembrando que utilizei o tênis sem alterná-lo com outro modelo, e sem ter dó nem piedade.
Um fator importante a se destacar é o grip e tração que o tênis tem mesmo no molhado, bem superior ao solado de modelos famosos e com valor agregado bem mais alto.
O modelo que usei é tamanho 41 (9.5US). É algo estranho porque normalmente uso os tamanhos 10.5 ou 11US (42BR e 42.5BR, respectivamente). Mesmo tendo a forma mais larga, não quer dizer que o tênis terá o comprimento maior.
Eu comparo o Olympikus Corre 1 diretamente com três modelos: Asics Exalt 5, Mizuno Wave Última 11 e Nike Winflo 6. Considerando todos eles, a minha opção é pelo Corre 1. Talvez a vida útil do solado dos modelos concorrentes seja maior, pela composição de borracha e carbono presente nestes modelos. Isso dá mais durabilidade, mas gera uma fácil percepção durante a corrida de uma batida mais firme na aterrissagem.
Isso acontece porque a composição mais rígida de borracha de carbono no solado irá limitar um pouco o trabalho da entressola de amortecer o impacto. E se e se a composição da entressola também for rígida, aí é um tênis extremamente seco de batida.
Para quem não está querendo gastar mais do que R$400,00, acho válido o investimento no Corre 1.
Categoria: Amortecimento
Pisada: Neutra
Drop: 8mm
Peso: 276 g – Tamanho 41 BR (Obs: Pesado com 1.006km).
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