Onde mora o perigo

Atualizado em 21 de julho de 2016

Precisamos ficar muito atentas com a tênue linha entre a motivação e o exagero: ela é fina demais e transparente quando estamos velozes, na inércia da empolgação.

Meu próprio consciente me alertou: “aos poucos Vivi, você chega lá”. Mas meu inconsciente e minha sede de ficar forte me levaram para a subida mais dura, um treino intenso demais, mais para provar para mim mesma que eu consigo do que para realmente fortalecer minhas pernas.

A gente nunca sai ileso de uma deslizada dessas. Minha dorzinha no joelho indica um desequilíbrio muscular que terá de ser tratado. Não é nada grave, mas se tivesse me controlado, não teria que investir na fisioterapia, no anti-inflamatório e no remédio de dor de cabeça para combater a preocupação.

Também, não adianta me auto condenar. Esse é o jogo do esporte, da vida, de ser gente. Fazemos por prazer, lazer e no risco por sermos humanos.

Só que, às vezes, falta um pouco de paciência… Neste mundo onde tudo é comprado em pílulas, precisamos de choques para lembrar que tudo é um processo, e que o trunfo é o próprio treino para a caminhada rumo ao objetivo.

Semana que vem viajo para a Bahia onde farei, pela 2a vez, a Brasil Ride –ultramaratona de 7 dias na Chapada Diamantina (BA). Espero que dê tempo de recuperar o joelho e que consiga concretizar o sonho dos últimos 6 meses, que é cruzar a linha de chegada com sorriso no rosto. Já foi dada a largada.