A corrida é uma das maiores escolas da vida que alguém pode ter. Aprendemos a ter objetivos, metas, resiliência, determinação, disciplina, companheirismo, dedicação que não utilizaremos apenas nos treinos, mas no dia a dia.
O início do ano é o momento da maioria dos corredores planejar seus calendários. O mais importante nesse processo é definir metas de corrida realistas, sem queimar etapas para atingi-las.
“Um bom planejamento envolve metas de curto, médio e longo prazos. Dessa forma é possível visualizar a meta final, entender quais serão as barreiras e se manter motivado durante todo o período de treinamento. O sucesso depende de uma soma de esforços. Ter um plano bem definido fará com que cumpra a meta com mais autoconfiança, alegria e com menos lesões”, aconselha o treinador Emídio Peres, da Assessoria Esportiva Núcleo Salutem.
Ao estabelecer suas metas de corrida, de preferência acompanhado de um treinador profissional, o corredor não deve nem pode se influenciar por aquele amigo do Instagram que corre uma maratona por mês.
Tampouco partir para distâncias como ultramaratonas sem ter lastro ou treinamento para tal.
“Não se anda de bicicleta antes de engatinhar. Na corrida deve-se progredir com paciência e regularidade. Não se corre 10 km de um dia para o outro, muito menos uma maratona sem ter experiência de anos em outras distâncias. Não cumprir etapas aumenta a possibilidade de lesões decorrentes do impacto causado pela corrida e uma atividade que é ótima para melhorar a saúde torna-se um problema”, alerta Peres.
Cada corredor é diferente do outro; portanto a meta deve ser pessoal e não baseada na de terceiros.
Atualmente com a pressão das redes sociais, o corredor se cobra resultados muitas vezes mais pensando na opinião alheia do que em si próprio, o que pode gerar frustração e desilusão.
“Não estar pronto (tanto física quanto psicologicamente) para uma prova pode trazer sérias consequências, desde pequenas até graves lesões que farão com que se afaste por meses ou até anos da corrida. Além disso, toda experiência deve ser rica e motivante. O sofrimento causado por proporcionar ao corpo uma intensidade/volume no qual não está pronto pode desanimar e fazer com que o praticante abandone a atividade”, finaliza Peres.
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