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Para corredor nem todo cachorro é pet

Foi um susto! Por razão que não me lembro, em um dia da semana saí da tradicional Raia da USP e fui cortar caminho ali na Praça do Relógio da Cidade Universitária, um dos principais pontos de treinos dos corredores paulistanos e que estava ermo por não ser sábado.

Tudo parecia normal quando dobro um edifício e dou de cara com uma pequena matilha de uns cinco cães vira-latas, e que em questão de segundos, se triplicaram. 

Quando percebi estava acuado no meio de uma matilha de cachorros sem coleiras, num descampado e sem onde poder me abrigar. Creio que uma das minhas sortes foi, ao ver o primeiro grupo, ter diminuído a velocidade de corrida para um levíssimo trote. Ao aumentar o número de cachorros parei de vez.

Uns dois animais vieram em minha direção em aproximação ameaçadora mas sem latir. Foi aí que minha reação com aparente “calma” me salvou de um ataque.  Um “passa” com voz enérgica dissuadiu os mais ameaçadores.

Nem preciso dizer que se isso não funcionasse estaria em maus lençóis. Li inúmeros relatos de corredores que passaram por situações parecidas com cachorros. E todos que conseguiram se se safar da ameaça tiveram dois pontos comuns em suas reações: manter a calma e nunca correr.

Algumas dicas dadas por especialistas

Antes do ataque

  • Fique imóvel. Fugir atiçará os institutos de caça do animal, e lembre-se, nem Usain Bolt é mais rápido que um cão;
  • Evite contato visual direto pois o animal pode se sentir ameaçado;
  • Use um tom de voz que não passe a ser encarado como uma ameaça real pelo cão como gritos, que podem desencadear mais raiva no animal;
  • Se o cachorro partir para o ataque tente lhe “oferecer” algo de distração como uma camiseta ou caramanhola, em que ele possa desferir suas mordidas.

Sob ataque

  • Se o cão atacar, não lute. Tentar vencê-lo pode fazer com que o cão passe da fase de “defesa” para a de “abate”.
  • Tente encostar em uma parede ou árvore minimizando a área de ataque;
  • Outra maneira de diminuir a área do corpo exposta a mordida é agachar-se. Abrace os joelhos para proteger a barriga, posição parecida com aquela que os comissários de bordo nos ensinam a se proteger de pousos forçados.
Harry Thomas Jr

Jornalista especializado em corridas de rua desde 1999, Harry competiu pela primeira vez em 1994 e desde então já completou 31 maratonas – sendo três sub 3 horas: São Paulo (2h59min30), Nova York (2h58min20) e Blumenau (2h58min10). Também concluiu seis Ultratrails: 60K Ultratrail Putaendo, 67K Ultratrail Torres del Paine, 50K Indomit Costa Esmeralda e os 50K Ultra Fiord por três vezes. Já correu em países como Argentina, Chile, Estados Unidos, Grécia e Japão.

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Harry Thomas Jr
Tags: Matilha

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