Você tem ideia da distância total que percorreu neste ano? E o tanto que seu tênis percorreu? Foi na esteira ou na rua? Quanto tempo levou para fazer tudo isso? Essas e outras perguntas nos dariam respostas úteis, que ajudariam muito a definirmos objetivos, melhorar rendimentos e até a prevenir lesões no próximo ano. Entenda como, nos próximos parágrafos.
Experimente começar o ano criando uma planilha simples, dessas que se cria em arquivos online (por exemplo, no Google Drive). Separe em colunas e linhas, tudo o que você quiser detalhar. Por exemplo, os modelos de tênis que vai usar, tipos de terreno onde vai correr (asfalto, esteira, grama, cimento, terra, trilha, subida ou descida), tipos de treino (longo, tiro, intervalado, etc.) e espaços para ir acrescentando os valores das distâncias e tempos percorridos, podendo até separá-los em dois tipos: treinos e provas. E, com um pouco mais de esforço, estruture a planilha de forma que toda vez que acrescentar os novos dados, as somas e médias são automaticamente atualizadas. Se não souber, é só pedir para alguém que tenha uma pequena base.
Com esses dados anotados no ano todo (atualizando sempre ao final de cada treino ou prova), você terá uma visão bem fiel do seu rendimento. Assim, será possível ver vários parâmetros sobre como você se comporta, além de se beneficiar com alguns pontos, como os que seguem abaixo:
– Quilometragem e tempo total: você saberá seu pace médio do ano;
– Com a quilometragem e tempo por calçado, saberá se está na hora de trocar seu tênis ou não (possibilitando a prevenção de lesões), assim como saber com qual deles você corre melhor;
– Também saberá em quais tipos de terreno você possui maiores e menores rendimentos, te indicando onde você deve focar seus treinos e em quais tipos de provas você se daria melhor;
– Você pode estabelecer metas mais ousadas para o ano. Por exemplo, pode decidir que quer correr ao todo 1.200 km em 2016, ao invés dos 1.000km que correu em 2015, ou baixar seu pace de 5min/km para 4,6min/km;
– Se separar os resultados pelos meses do ano, visualizará possíveis mudanças de intensidade de treinos e provas, podendo identificar as influências de fatores climáticos no seu desempenho (por exemplo, saber que você corre melhor no verão e pior no inverno), te ajudando a escolher a melhor época para estrear em uma corrida mais desafiadora, como uma primeira maratona.
– Pode existir um componente motivador ao preencher as planilhas: ter vontade de colocar números maiores (principalmente distâncias) ou várias vezes (mais treinos), para ver os dígitos totais crescerem mais rápido; ou lutar para reduzir o pace; ou evitar abandonos de treinos por preguiça. Afinal, pode ser incômodo ficar muito tempo sem preencher a planilha (como uma pendência na cabeça).
Enfim, o objetivo de tudo isso não é, necessariamente, te fazer treinar mais, mas sim te fazer se conhecer melhor, saber como o seu corpo se comporta, quanto ele foi capaz de fazer no passado, melhorar no presente e talvez alcançar metas maiores no futuro. Por isso, aproveite que o ano está acabando e deixe tudo pronto para começar 2016 organizado.
Feliz Natal, feliz ano novo, boas festas e, acima de tudo, boas anotações!
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