Quantas vezes não ouvimos dizer que um determinado atleta não estava preparado psicologicamente para uma competição? A pessoa mais indicada para falar sobre a preparação psicológica de um esportista é, obviamente, um psicólogo do esporte. Por tal motivo, vou exprimir aqui apenas a minha opinião como treinador e atleta, levando em conta as diversas experiências vividas pessoalmente e com meus orientados.
São vários os fatores que compõem a performance esportiva e o equilíbrio entre eles é fundamental. A preparação física, a nutrição e a preparação psicológica são os três pilares para se atingir o melhor desempenho. Se existe a falta de algum deles, com toda a certeza o melhor objetivo pode deixar de ser atingido.
As Olimpíadas são o objetivo máximo de um atleta e, como recentemente vivenciamos a 31ª Olimpíada da Era Moderna em nossas terras, podemos aproveitar as informações recentes e as imagens dos grandes ídolos, suas performances e seus recordes para fazer uma análise mais profunda sobre o tema.
Como os Jogos são realizados a cada quatro anos, cada atleta tem uma longa preparação pensando no evento. Assim sendo, todo o planejamento do treinamento, da nutrição e da preparação psicológica deve ser minuciosamente organizado para que se atinja o seu ápice no momento olímpico. A complexidade dessa preparação é muito grande e uma equipe multidisciplinar, que se comunique, é primordial.
Se fizermos um levantamento dos campeões ou medalhistas olímpicos, na sua grande maioria, são atletas ou equipes que acabaram de ser campeões mundiais ou fizeram suas melhores marcas recentemente. Os casos de surpresas são raros. No esporte brasileiro, essa situação se inverte: tivemos algumas gratas surpresas em modalidades nas quais não temos tradição olímpica e frustrações em modalidades tidas como favoritas. Por que isso aconteceu?
Será que foi falha na preparação? Faltou apoio psicológico? Essas são questões que os atletas e seus treinadores debatem após a realização de um evento, principalmente de uma Olimpíada, para poder fazer os ajustes para as próximas que virão. Nos dias de hoje, atletas realmente se consideram atletas por entenderem a complexidade dos fatores envolvidos em sua preparação e o equilíbrio entre eles para se atingir o melhor.
De Londres para o Rio, a grande maioria dos brasileiros obteve essa preparação multidisciplinar, mas, mesmo assim, pesou o fator psicológico de sermos anfitriões. Casos isolados, como o do saltador Thiago Braz, foram gratas surpresas. Em um embate físico, técnico e principalmente psicológico, Thiago venceu o campeão e recordista mundial Renaud Lavillenie e conquistou a medalha de ouro e o recorde olímpico!
A conclusão é: o atleta tem de estar 100% preparado para conseguir dar o seu melhor. Pode até contar com a sorte em determinados momentos da competição, mas sempre com o foco capaz de fazê-lo atingir o seu máximo.
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