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Você sabia que para cada distância de corrida existe uma estratégia “ótima” a ser adotada? Essa estratégia chama-se pacing. Achou que erramos na grafia, né!? Não estamos falando de pace, estamos nos referindo, sim, ao pacing!
O pacing é a forma pela qual o atleta distribui a velocidade ao longo de uma prova objetivando maximizar o desempenho, e consequentemente, fazer os melhores tempos. Essas variações na velocidade (ou na produção de potência) podem ser observadas nos esportes cíclicos tais como natação, corrida, remo, ciclismo e patinação de velocidade.
Porém, voltando nossas atenções para as provas de corrida, e tendo em mente que existe um pacing “ótimo” para cada distância, vejamos as estratégias.
É quando o atleta passa 50% a 60% do tempo da prova em aceleração, e depois de atingir a velocidade máxima ela tende a decrescer, como é o caso dos 100 m rasos no atletismo.
É quando o atleta começa a prova imprimindo uma alta velocidade inicial e gradativamente vai diminuindo ao longo da prova até o final. É o caso dos corredores de 800 m em pista.
Ocorre aumento constante da velocidade ao longo de toda a prova e com médias finais mais altas quando comparadas às de início. Muito característico em provas de rua de 5 e 10 km.
O atleta imprime uma velocidade inicial mais rápida (fast-start), em seguida reduz a velocidade até completar aproximadamente 90% do total da prova, e daí em diante o atleta volta a acelerar realizando o sprint final. Esse tipo de estratégia é muito utilizado por corredores de pista nas provas de 3.000 m, 5.000 m e 10.000 m.
Em corridas de longa duração, os atletas adotam uma velocidade com pouca variação (acelerações e desacelerações) durante toda a prova. Tal estratégia tem por objetivo minimizar o gasto energético, retardar a fadiga, e consequentemente, obter um melhor desempenho.
É quando o atleta varia a velocidade ao longo da prova por conta de fatores fisiológicos (aumento significativo na produção de lactato, por exemplo) ou fatores externos/ambientais, tais como, terreno, topografia, temperatura, velocidade e direção do vento. Em provas de ultramaratona, por exemplo, é possível observar esse tipo de pacing.
Pensemos, agora, nos corredores de rua amadores que participam de provas nas distâncias clássicas, dos 5 km até as maratonas. Considerando a realidade do treinamento desses atletas (tempo disponível para treinar e descansar, e relação volume-intensidade semanal), bem como o nível de condicionamento físico, notamos que a maioria adota o pacing negativo em provas de 5 e 10 km.
Já em provas de 15 km, 21 km e maratona, podemos observar que as estratégias de pacing positivo e variável são as mais utilizadas.
Desta forma, já que o pacing é uma habilidade que se pode aprender e treinar, cabe a nós, treinadores, conhecermos as características de cada um (pacing) e sabermos qual estratégia é mais adequada para cada distância, para assim treinarmos nossos atletas adequadamente.
Além disso, é importante incentivarmos os atletas a competirem frequentemente, pois assim ficam mais experientes, conseguindo escolher (e aplicar) o pacing mais adequado para alcançarem os melhores desempenhos.
Agora, uma vez que o treinamento tem por objetivo melhorar o pacing característico de cada prova, dá para imaginar que existem variáveis fisiológicas e neuromusculares que têm relação e interferem no pacing, correto? Sim! Mas isso é assunto para um próximo encontro.
Bons treinos e até a próxima!
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