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Não é difícil ver corredores e corredoras fazendo musculação para panturrilhas, pernas, coxas, quadril e tronco, além de exercícios funcionais, treinos de equilíbrio, educativos e até alguns movimentos que chegam a ser engraçados, alegando ajudar na prevenção de lesões e/ou melhora da performance em treinos e provas. Mas e os braços?
Durante provas curtas de 100, 200 e 400 metros, os membros superiores (conjunto que envolve os ombros, braços, antebraços e mãos) ajudam não apenas a manter o equilíbrio do tronco e do balanço dos membros inferiores, mas também contribuem muito na impulsão através de movimentos amplos, fortes e rápidos. Por esse motivo, os atletas são extremamente fortes por inteiro.
Já nas provas mais longas (a partir de 3000 metros) a função de impulsão dos braços é muito menor, assim como a amplitude, força e velocidade dos seus movimentos, não sendo mais necessário um volume muscular tão expressivo. Neste caso, quanto mais volumosa for a musculatura deles, maior o peso e, consequentemente, maiores as chances de reduzir o rendimento.
Neste momento surgem algumas dúvidas de pessoas que sentiram melhora na corrida após iniciarem musculação de membros superiores. Isso realmente pode acontecer pois uma musculação bem feita trabalha também os músculos que estabilizam os membros, permitindo que eles se movimentem de forma mais equilibrada, com menor gasto de energia e resultando, sim, em uma melhor mecânica enquanto a pessoa corre.
Ou seja, trabalhar exercícios para membros e tronco superior é, sim, importante para quem quer correr melhor. A grande sacada está na intensidade deles.
Exercícios com cargas elevadas costumam gerar hipertrofia (aumento de volume muscular), diferente de outros com cargas moderadas, focando em resistência e estabilidade. Para uma corrida eficiente fica claro que a melhor opção é a última.
Mas antes de encerrar, é importante deixar bem claro que essa questão da hipertrofia não vai gerar malefícios ou aumentar chances consideráveis de lesões. Se a pessoa quer ter braços musculosos, não tem problema algum, desde que não se incomode de ficar um pouco mais lenta do que alguém com nível de treinos de corrida semelhantes, mas com menor quantidade de músculos.
Resumindo, a questão aqui é somente esclarecer que para a corrida não precisa ficar se preocupando em aumentar seu bíceps, definir o tríceps, “rasgar” o antebraço ou formar gomos no deltoide (músculo do ombro).
Exercícios mais simples de coordenação e estabilização de ombros são bem mais interessantes. Qualquer dúvida, converse com seu treinador.
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