Querer x poder: um eterno duelo

Atualizado em 28 de julho de 2017
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Querer x poder: esse tema sempre despertou em mim muita atenção e curiosidade. Tudo começou com minha fase de transição do sedentarismo para uma vida esportivamente ativa.

O dilema “querer x poder” é muito presente em nosso dia-a-dia. Será que podemos fazer tudo aquilo que realmente queremos? O que nos é mais conveniente e prazeroso? Ou será que devemos equilibrar e optar por atitudes que de fato podemos e são mais adequadas para nós?

Quando crianças, somos guiados pelos nossos pais, que limitam sempre nossas vontades em detrimento de nossa segurança e saúde. Neste caso, não fazemos o que queremos. Infelizmente, quando assumimos o comando de nossas vidas na fase adulta, criamos alguns problemas. Em muitos casos, optamos apenas por fazer aquilo que queremos e que nos traz prazer da forma mais “fácil”.

Assim como no esporte, vivemos em um mundo competitivo no qual precisamos trabalhar, estudar, nos dedicar e suar muito para poder cruzar a linha de chegada a cada dia. É uma questão de sobrevivência.

 

 

O desgaste psicológico e físico é tão grande que não temos cabeça e energia para dedicar um tempo ao cuidado com a saúde. Quem sofre com tudo isso? Nosso corpo!

A válvula de escape acaba sendo uma pobre alimentação, o sofá, a cama, o smartphone, e assim vai… Buscamos prazer momentâneo e sem gasto de energia para atenuar um pouco o estresse diário que não nos larga.

O açúcar, a gordura e o ócio são ótimas fontes de liberação de endorfina, um hormônio importante liberado pelo cérebro (glândula hipófise) que proporciona uma forte sensação de bem-estar, conforto, analgesia e alegria.

Todas essas fontes de liberação de endorfina são traiçoeiras, pois nos proporcionam satisfação momentânea, porém gerando uma frustração de médio e longo prazo por conta dos efeitos colaterais à saúde e à auto-estima. Será que vale a pena, então?

A atividade física é fantástica, pois consegue proporcionar essa mesma sensação de bem-estar momentâneo, trazendo junto um pacote com dezenas de benefícios e legados valiosos para todos os contextos de nossas vidas (saúde física, mental, social, entre outras). Mesmo sabendo de tudo isso, por que ainda fogem da atividade física?

É muito cômodo optar por aliviar o estresse pelos mecanismos mais simples e prazerosos, sem gasto de energia. Isso se dá pelo forte magnetismo da tão famosa “zona de conforto”. Como é difícil sair dela, não é mesmo?

A vida passa rápido demais para sermos espectadores de nós mesmos, nos contentando em apenas sobreviver a cada dia, com uma saúde física e mental limitadora de feitos grandiosos e muitas vezes nos impedindo de lutar por aquilo que sonhamos. Até quando aceitaremos essa situação?