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Querer x poder: um eterno duelo

Querer x poder: esse tema sempre despertou em mim muita atenção e curiosidade. Tudo começou com minha fase de transição do sedentarismo para uma vida esportivamente ativa.

O dilema “querer x poder” é muito presente em nosso dia-a-dia. Será que podemos fazer tudo aquilo que realmente queremos? O que nos é mais conveniente e prazeroso? Ou será que devemos equilibrar e optar por atitudes que de fato podemos e são mais adequadas para nós?

Quando crianças, somos guiados pelos nossos pais, que limitam sempre nossas vontades em detrimento de nossa segurança e saúde. Neste caso, não fazemos o que queremos. Infelizmente, quando assumimos o comando de nossas vidas na fase adulta, criamos alguns problemas. Em muitos casos, optamos apenas por fazer aquilo que queremos e que nos traz prazer da forma mais “fácil”.

Assim como no esporte, vivemos em um mundo competitivo no qual precisamos trabalhar, estudar, nos dedicar e suar muito para poder cruzar a linha de chegada a cada dia. É uma questão de sobrevivência.

 

 

O desgaste psicológico e físico é tão grande que não temos cabeça e energia para dedicar um tempo ao cuidado com a saúde. Quem sofre com tudo isso? Nosso corpo!

A válvula de escape acaba sendo uma pobre alimentação, o sofá, a cama, o smartphone, e assim vai… Buscamos prazer momentâneo e sem gasto de energia para atenuar um pouco o estresse diário que não nos larga.

O açúcar, a gordura e o ócio são ótimas fontes de liberação de endorfina, um hormônio importante liberado pelo cérebro (glândula hipófise) que proporciona uma forte sensação de bem-estar, conforto, analgesia e alegria.

Todas essas fontes de liberação de endorfina são traiçoeiras, pois nos proporcionam satisfação momentânea, porém gerando uma frustração de médio e longo prazo por conta dos efeitos colaterais à saúde e à auto-estima. Será que vale a pena, então?

A atividade física é fantástica, pois consegue proporcionar essa mesma sensação de bem-estar momentâneo, trazendo junto um pacote com dezenas de benefícios e legados valiosos para todos os contextos de nossas vidas (saúde física, mental, social, entre outras). Mesmo sabendo de tudo isso, por que ainda fogem da atividade física?

É muito cômodo optar por aliviar o estresse pelos mecanismos mais simples e prazerosos, sem gasto de energia. Isso se dá pelo forte magnetismo da tão famosa “zona de conforto”. Como é difícil sair dela, não é mesmo?

A vida passa rápido demais para sermos espectadores de nós mesmos, nos contentando em apenas sobreviver a cada dia, com uma saúde física e mental limitadora de feitos grandiosos e muitas vezes nos impedindo de lutar por aquilo que sonhamos. Até quando aceitaremos essa situação?

Rodrigo Lobo

Bacharel em Educação Física pela Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo; sócio-diretor da Lobo Assessoria Esportiva; palestrante de temas sobre qualidade de vida, treinamento esportivo e empreendedorismo; colunista do portal Ativo.com e colaborador de diversos portais e revistas esportivas; atleta amador de corrida de rua e triathlon e apaixonado pelo que faz.

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Tags: mexa-se

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