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Racing Flat: É possível correr uma maratona com eles?

Os considerados “Racing Flat” são modelos para competições com perfil de entressola agressivamente baixo. As marcas que produzem sugerem que sejam utilizados para provas de 5km e 10km. Muitas vezes nós chamamos estes modelos de “pé no chão”, e também se destacam pela sua leveza. Alguns pesam entre 150gr e 190gr, dependendo do tamanho.

Modelos como Adidas Takumi Sem, Asics TartherZeal, Mizuno Wave Ekiden, New Balance Hanzo, Nike Zoom Speed Racer e Zoom Streak Lt, On Cloudflash, Saucony Endorphin, que apresentam o menor perfil de entressola, entre outros modelos da categoria competição, estão mais presentes nos pés de corredores e triatletas em provas de corrida de 5km e 10km e de triathlon Sprint e Olímpico.

Em competições com distâncias de 21km eles estão presentes, porém em um número menor. Já em Maratonas e provas de Ironman, os Racing flat são minoria entre atletas amadores e profissionais.

No Mundial do Ironman Havaí 2017, o alemão Patrick Lange e a suíça Daniela Ryf (campeões da prova), correram com os modelos New Balance Hanzo e Asics TartherZeal 5, respectivamente, e ambos marcando os melhores tempos da corrida com 2:39:59 e 3:00:02.

Outro atleta que também utilizou um modelo Racing flat no mundial de Kona foi o espanhol Ivan Raña, correndo com o modelo Saucony Endorphin 2 (11º colocado), e marcando a 5ª melhor corrida do dia com 2:52:35.

Atletas amadores ou profissionais adaptados a estes modelos, que o utilizam em competições de longa distância, sem dúvida possuem uma boa mecânica de corrida, além de uma boa experiência com os modelos em competições menores e principalmente em treinos longos.

Alguns triatletas amadores que irão competir no Ironman Brasil em maio deste ano, tem perguntado da possibilidade de utilizar um Racing flat na prova. Porém os mesmos não têm muita “bagagem” tanto em prova quanto em volume de treino, com modelos de competição com perfil de entressola um pouco mais alto, além de outros fatores que devem ser levados em conta como estrutura corporal, mecânica de corrida, altimetria de percurso, etc. Creio que não vale o risco de investir em um modelo Racing flat, pois estamos a 5 meses da prova.

Eu entendo que é possível utilizar um modelo de competição mais “agressivo” em prova longa, porém vale ter uma boa experiência com ele em treinos (alguns longos), e obviamente em competições de 5km, 10km e 21km.

Bons Treinos!

Rodrigo Roehniss

Graduado em Administração de Empresas com MBA em Gestão em Marketing Esportivo, Rodrigo Roehniss é especialista em tênis de corrida, além de prestar consultoria sobre o universo de produtos de running e triathlon. Também trabalha com atletas profissionais. Aqui, analisa produtos que fascinam corredores e triatletas.

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Tags: opinião

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