Não posso fugir deste tema, pois mais de 150 ciclistas se reuniram na rodovia Cônego Domênico Rangoni para protestar, na manhã do último sábado (17), no Guarujá (litoral de São Paulo), região onde realizo meus treinos. Eles reclamaram da total falta de segurança no local.
Nunca provei do gosto amargo da falta de liberdade, em qualquer segmento da vida, mas ter meu direito de pedalar ceifado por marginais em regiões críticas à beira da estrada me fizeram repensar qual será o nosso futuro próximo e como vamos conseguir viver nesta selva de atrocidades sob segurança!
Uma verdade se torna aparente. As estradas, em geral, não possuem segurança e os atletas ficam na mira de criminosos. Não estou abordando aqui, devidos pontos! Infelizmente, conoto este problema como cultural de nosso país. Tudo aquilo que pensamos de correto a uma nação como esportes, educação, respeito, família, entre outros, está se denegrindo e se perdendo com o tempo. Talvez o governo tenha muita ingerência sobre estes fatores, mas ainda reluto em acreditar que temos que expor nossos problemas e solicitar com a ajuda de todos, uma solução viável. Mas será que este pensamento não é utopia?
No dia 10 de janeiro de 2015 meu pelotão de 60 ciclistas foi surpreendido pela ação de assaltantes enquanto treinávamos na rodovia. Os criminosos saíram de um matagal e roubaram a bicicleta de um deles. Eles vieram contra o pelotão. Foi muito perigoso porque eles vieram no meio da estrada. Nós, sem motivo algum, tivemos que voltar correndo porque eram armas de fogo.
Deixo aqui a pergunta: Será que é seguro pedalar no Brasil?
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