Um amigo me perguntou como eu sabia que era hora de aposentar um tênis de corrida. Minha técnica é simples: tênis bom não se faz lembrar. Você calça o bicho e ele some.
Tênis ruim te grita o tempo todo. Ou porque o solado ficou duro demais, ou porque o tecido está flácido. Ou ainda porque ele fica namorando com a meia e nascem as malditas bolhas. E a última coisa que você quer fazer enquanto corre é amizade com o tênis.
Qual é a melhor marca? Infelizmente o que vale é a regra da tentativa-acerto-erro. Tem que comprar e ver o que acontece. Adoro ler matérias e ver vídeos de que testam modelos. Mas não bato o martelo com eles.
É eficiente testar tênis na loja? Olha, uma coisa é dar 6 passos em um lugar com ar condicionado e chão perfeito, e outra é correr 10 km num calor senegalês, intercalando asfalto de péssima qualidade com passeio esburacado.
Dito isso, tome tento:
1. Uma vez segui a dica de uma blogueira bem bem bem famosa. Comprei o tênis lindo que ela indicou. Não precisava usar meia, era feito por engenheiros da Nasa e usado pelos “kenyanos”. Parcelei em 10 vezes. Usei dois treinos, porque o troço apertava a alma, quase morri sufocada. Dois dias depois da minha compra, a cadela revela que era patrocinada pela marca. Fuefa.
2. Compre tênis um número maior que seus pés. Eles incham e tênis folgadinho dará espaço para que eles corram felizes. Agora, cuidado: tênis muito grandes deixam os pés sambando e tiram a firmeza – e ainda podem virar caverna para pedrinhas, folhas e afins.
3. Uma ultramaratonista me disse uma vez que deixava R$ 200 separados todos os meses. Se achasse algum dando sopa numa loja por este preço, comprava, precisando ou não. Por que, senhora? Porque dificilmente um tênis custa isso. Se havia promoção, ela comprava sem dó.
4. Não há relação entre tênis bonito e de qualidade. Então, não tenha preconceito: meus melhores tênis eram horrendos. Saudade de um todo preto de solado e cadarços cor de laranja.
5. Ideal mesmo é ter pelo menos dois pares, para usá-los em dias intercalados. Assim, o tênis não fere sempre o mesmo lugar, o que pode evitar o surgimento de calos. Como cliente infiel que sou, num treino uso uma marca, no seguinte, outra. Rykah.
Agora estou tomando coragem para fazer uma coisa que já vi outra pessoa fazer e achei genial: colocar no pé direito a marca X e no esquerdo a Y. Meus pés são completamente diferentes um do outro. Só preciso ficar atenta à altura (o drop) de ambos. Certeza que isso me tornará a nova Mo Farah das corridas.
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