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Tensão pré-prova, ou TPP, é algo que esta no DNA do corredor. O mais irônico é que, para a esmagadora maioria de nós, a chance de obter um pódio em qualquer corrida é muito próxima de zero. Então, por que o nervosismo?
Simples: porque temos objetivos e não sabemos se vamos atingi-los.
Faltam cinco dias para minha próxima maratona (Amsterdã, no dia 19/10). Como segurar a tensão? Alguns recorrem ao uisquinho ou ao space cake, no caso de Amsterdã.
Minha fórmula preferida é lembrar do meu tempo de lutador de artes marciais. Na maioria das vezes, eu entrava no tatame já sabendo que tinha chance zero de vencer a competição, mas queria fazer bonito e dava o sangue (em muitos casos, literalmente). E a tensão era grande, pois do outro lado tinha um troglodita querendo me trucidar.
Na corrida, ao contrário das lutas, não tem ninguém que precise te derrotar para continuar na competição. Por outro lado, fica bem mais difícil colocar a “culpa” pelo fracasso no adversário, que era mais bem preparado, forte ou técnico. Recorremos ao clima, às subidas, ao afunilamento de corredores. Alguns culpam o intestino. Mas o fato é que não ficamos satisfeitos se não atingirmos nosso objetivo. E em uma maratona, não temos certeza nem de que a completaremos, quanto mais se vamos atingi-lo.
Mas com o tempo vamos aprendendo que não podemos controlar tudo. Que, realmente, existe o “sobrenatural de Almeida”, que provas afunilam, pode estar mais quente, que você não acordou num dia bom. Desde que estejamos preparados para dar o melhor de nós, não atingir o objetivo faz parte do jogo. E não vai estragar a delícia que foi a preparação para a prova, pois muitas vezes o destino é a viagem!
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