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Lembro como se fosse hoje. No dia seguinte que corri meus primeiros 42 km sub 3 horas, em novembro de 1997, voltei à linha de chegada da Maratona de Nova York. Saquei minha câmera (ainda com filmes Kodak) e tirei muitas fotos do desmonte da arena próximo ao Tavern on the Green.
Em 1998, mandei revelar o filme e lá surge um “www.nyrrc.org”, quando então vem o insight: “Putz, um site de corridas, por que não?”, me perguntei. E assim nascia o projeto do primeiro site de corridas do Brasil, fundado por mim, chamado maratona.com.br.
O “Maratona” entrou no ar 15 de maio de 1999. E não era pouca coisa. Afinal, seu propósito era cobrir as seis maratonas brasileiras existentes na época. No dia seguinte a elas, ainda que nos primórdios da internet no Brasil, o internauta já teria notícias, fotos e resultados sem precisar esperar por semanas notícias vindas de uma única revista que existia no país.
Era um site basicamente de notícias e reinava sozinho, até que um ano depois surgiu meu primeiro concorrente. Não era um concorrente qualquer, baseado essencialmente em serviços, o Ativo veio com know how do mega portal Active, onde Chris Kittler, seu fundador, havia trabalhado.
Com viés diferentes, já que um focava em serviços e outro em notícias, ambos, cada vez mais, atraíam muita audiência. Nessa época, a internet mudava rapidamente e vi que deveria me “mexer” se não quisesse ficar para trás. Sócios vieram agregar ao maratona, que ganhou uma roupagem mais profissional, tecnologia e estrutura física. Assim surgiu meu segundo site, o Webrun, que passou a prestar serviços de inscrição e fotos, enquanto o Ativo, passava a dar notícias sobre o mundo running.
Era briga de cachorro grande – salientando que era uma concorrência salutar e respeitosa. Eu acordava cedo por que sabia que tinha um concorrente de peso e precisava mostrar trabalho. Concorrência respeitosa, porque tanto eu quando Kittler jamais trocamos uma única farpa, nem uma única ofensa ou cara feia que seja.
Havia espaço para os dois, enquanto uma nova concorrência, por novos espaços, surgia. Afinal, novas publicações, como as revistas O2, Superação e Running Br davam as caras naquele início de século.
Muita a água rolou debaixo de nossas pontes. Chris Kittler vendeu o Ativo para a O2, enquanto eu vendi o Webrun para meus antigos sócios (hoje comando o Running News), além de escrever com muito orgulho no… Ativo.
Mais de que um concorrente, o Ativo é uma lição de vida e de aprendizado. Afinal, quando é que eu ia imaginar que seria um colunista do meu principal ex-concorrente?
E a lição ficou. Jamais dizer: “Desta água não beberei”.
Vida longa ao Ativo!
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