Vamos falar de uma ferramenta que vai fazer total diferença na sua evolução e desempenho: o exercício mental da visualização. Mas para você entender como funciona é importante saber alguns conceitos e pesquisas realizadas por grandes neurocientistas renomados no mundo todo.
A neurociência descobriu que o cérebro não entende o que é real e o que é irreal. Isso explica as dores fantasmas que pessoas amputadas sentem nos membros que foram amputados. Então se você, com muita concentração, fizer um exercício de visualização rico em detalhes, no qual imagina você segurando um copo gelado provavelmente sentirá abaixar a temperatura em suas mãos. Concluímos que o cérebro tem a capacidade de estimular seus sentidos e, com isso, criar experiências realmente físicas.
Alguns neurocientistas sabendo dessa faculdade cerebral, iniciaram estudos visando o aprendizado de novas habilidades e melhoria de algumas delas através da imaginação. O prêmio Nobel Santiago Ramón y Cajal propôs em 1894 que o órgão do pensamento é maleável, dentro de certos limites, e pode ser aperfeiçoado pelo exercício mental bem orientado.
Em 1904, ele argumentou que os pensamentos repetidos no “exercício mental” devem fortalecer as conexões neurais existentes e criar outras novas. Ele também intuiu que esse processo seria particularmente acentuado em neurônios que controlam os dedos de pianistas, que se dedicam muito ao exercício mental.
Outro neurocientista, Alvaro Pascual-Leone, no embalo da descoberta de Cajal resolveu fazer algumas pesquisas e utilizou o piano como base. Ele reuniu dois grupos de pessoas que nunca tinham estudado piano, ensinou a cada uma delas uma sequência de notas, mostrando que dedos mexer e deixando que eles ouvissem as notas à medida que fossem tocadas.
Depois separou os grupos sendo que o grupo “exercício mental” ficou sentado diante de um piano elétrico, duas horas por dia durante 5 dias, e apenas imaginaram tocar a sequência e ouvi-lá tocando. O grupo do “exercício físico”, realmente tocou a sequência de notas duas horas por dia, durante os cinco dias. Os dois grupos tiveram o cérebro mapeado antes, durante e depois da pesquisa.
Ambos os grupos foram solicitados a tocar a sequência enquanto um computador media a precisão das suas performances. Pascoal-Leone descobriu que os dois grupos aprenderam a tocar a sequência e ambos mostraram mudanças semelhantes no mapa cerebral. O exercício mental sozinho produziu mudanças físicas no sistema motor semelhantes as alterações geradas ao realmente tocar a peça.
No final do quinto dia as mudanças nos sinais motores para os músculos eram as mesmas nos dois grupos. O que é muito interessante é que, além dos benefícios físicos, utilizar a visualização pré-competição inibe a ação do seu senso crítico, trazendo assim uma percepção mais positiva dos desafios que estão por vir.
COMO REALIZAR UMA VISUALIZAÇÃO
Para se fazer uma visualização intensa é necessário utilizar seus três canais sensoriais: o canal visual, auditivo e cinestésico. Ao aplicar a visualização você deve além de ver o que está vivenciando, escutar os sons da vivência e as sensações como texturas, temperaturas e cheiro. Com um pouco de prática tenho certeza que você chega lá. Hoje em dia temos áudios que auxiliam o receptor a ter uma visualização mais eficaz.
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