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O percentual de gordura é um índice primordial em uma consulta a um nutricionista, porque ele é determinante para avaliar se a pessoa está com o peso ideal ou não. Claro que há a proporção entre gordura e músculo que deve ser equilibrada — aqui, vamos nos atentar apenas ao percentual de gordura, que envolve muitas questões interessantes.
O Ativo.com conversou com quem entende do assunto: Gabriela Cilla, nutricionista da Clínica NutriCilla e dr. Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês, que esclareceram tudo sobre o indicador.
O percentual de gordura é um dos índices que faz parte de toda a composição corporal. Ele é composto de massa magra (músculos e vísceras), massa gorda (gordura) e água.
A taxa, em tese, é resultado da soma de duas medidas. A primeira é a gordura visceral, que consiste na gordura interna localizada entre os órgãos — que importante para protegê-los, mas seu excesso pode ser prejudicial para a saúde. A segunda é chamada de gordura subcutânea que, como o próprio nome sugere, fica abaixo da pele.
Este cálculo pode ser feito de várias maneiras. Segundo Zilli, “endocrinologistas podem pedir um exame mais detalhado, dependendo do caso da pessoa. Tal tipo de diagnóstico é obtido com imagens, não apenas com números, para se ter uma visão completa sobre a saúde do paciente”.
De acordo com o endocrinologista, o tipo de exame requisitado vai resultar de uma série de medidas e fatores. Estes fatores são a circunferência da cintura, altura, peso e cálculo do índice de massa corporal (IMC).
Cila comenta que existem casos em que o nutricionista utiliza apenas a bioimpedância (soma da gordura visceral e da subcutânea) ou o adipômetro (uma espécie de pinça que mede as dobras cutâneas e a gordura presente nelas). Estes são os mais comuns e são feitos em pessoas saudáveis, que não tenham irregularidades no percentual de gordura.
Quando o percentual de gordura está muito alto, a absorciometria por raio-X de dupla energia (DXA) é o método preferido para determinar a composição corporal do paciente. Zilli ressalta que ainda há outras alternativas para mapear esse percentual — tomografia, densitometria óssea e a ressonância magnética entram na lista. Também é observado o tamanho da circunferência abdominal para complementar a análise, embora esse critério não seja tão confiável para determinar se a pessoa está saudável — o que para homens seria em torno de 90 cm e mulheres, 85 cm.
“Em mulheres, o percentual saudável fica entre 18% e 22%. Quando abaixo de 12%, pode causar complicações na menstruação, por conta de alterações hormonais. Já entre 15% e 18%, o percentual é considerado ótimo, como costuma ser nos atletas. Acima de 22% moderado e acima 25% prejudicial para a saúde”, esclarece a nutricionista.
Nos homens, o percentual saudável fica entre 18% e 21%. O considerado excelente costuma ficar abaixo de 12%. Na faixa de 12% a 17%, é considerado um nível bom ou ótimo. “Já acima de 22% prejudicial à saúde”, alerta Cilla.
Na verdade, para ambos, se o índice apontar mais do que 22% é preocupante porque pode desencadear vários problemas de saúde.
Ambos os especialistas levaram em conta a “falta da atividade física e de uma dieta controlada”. O excesso de uso de medicamentos (ex: corticoides e anti-inflamatórios), consumo de álcool desenfreado e o tabagismo são outros hábitos que colaboram para elevar essa taxa.
“O risco de desenvolver doenças crônicas no geral aumenta significativamente em pessoas que não se cuidam. Doenças como hipertensão, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, colesterol elevado e gordura nos órgãos são comuns nesses casos”, explica Gabriela.
Os dois experts dão algumas dicas para diminuir o percentual de gordura, se tornar uma pessoa mais saudável e não “emagrecer de maneira incorreta”. E não há muito segredo, mas uma mudança na rotina para tal:
“Os exercícios físicos têm uma grande importância, pois quando a pessoa quer perder peso e consegue associar a atividade com uma dieta balanceada, o percentual de gordura muda totalmente”, explica Zilli.
“O recomendado na maioria dos casos cujo percentual de gordura é o maior problema é que o peso pode não variar muito. Esse fato consiste em ‘emagrecer de maneira correta’, ou seja, as atividades físicas auxiliam na troca de massa gorda por massa magra”, completa o endocrinologista. Aqui, mostramos a melhor estratégia para emagrecer com eficiência na atividade física.
*Fontes: Dra. Gabriela Cilla, nutricionista e gastróloga da Clínica NutriCilla (CRN 47281).
Dr. Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês (CRM 110.130).
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