Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
A falta de tempo é um dos principais fatores que atrapalham a prática regular de atividade física. Por conta da baixa frequência, os resultados demoram muito a aparecer, o que desestimula as pessoas e as fazem abandonar o treinamento. Contudo, uma nova tendência de treinos muito curtos, mas de alta intensidade tem se mostrado bastante eficaz, principalmente entre os que buscam perder peso.
Diversos estudos científicos mostram que esses treinos intervalados de alta intensidade, chamados de HIIT (High-Intensity Intermittent Training) aceleram mais o metabolismo, promovendo uma queima de gordura prolongada mesmo após o final do exercício. Isso se dá devido ao que é chamado de EPOC, excesso de consumo de oxigênio pós-exercício, que facilita a mobilização e utilização da gordura estocada no tecido adiposo. “Para quem tem como objetivo a perda de peso, esta forma de treino pode ser muito eficaz”, afirma Cacá Ferreira, gerente técnico corporativo da Cia Athletica.
Para comprovar a eficácia do treinamento, a Universidade de New South Wales, na Austrália, fez uma pesquisa, em 2012, com jovens sedentários com sobrepeso na qual, durante três meses, eles fizeram treinos HIITs de 20 minutos, três vezes na semana. Ao final, esses jovens conseguiram reduzir o percentual de gordura, principalmente a visceral, mesmo sem terem mudado a alimentação.
TREINOS DE VERÃO: CONHEÇA AS NOVIDADES
TOP 5: PARA MANTER O FITNESS EM DIA
Como funciona
Os treinos consistem em uma série de exercícios aeróbicos que devem ser realizados em intensidade máxima, por um curto período de tempo e intercalados com pequenos momentos de descanso. Não exigem equipamentos e, portanto, podem ser feitos em qualquer lugar e a qualquer hora.
Esse tipo de treinamento pode ser feito com diversos exercícios, como corrida, bike, natação, flexão de braço etc. “Na Cia Athletica, por exemplo, temos várias aulas que adotam esse método, como as de spinning, fitness aquático e exercícios funcionais”, diz Cacá.
Cuidados
Por mais que seja tentador a ideia de fazer esses treinos curtos que promovem uma queima maior e caloria, o treinador Guilherme Dutra faz um alerta: “deve-se tomar muito cuidado, pois em 4 ou 5 minutos de exercício a pessoa não consegue aquecer por completo suas articulações, agredindo, assim, o corpo”.
Além disso, ao executar os movimentos em alta velocidade, aumenta-se o risco de sofrer uma lesão, principalmente se a pessoa tem pouca habilidade e não conta com a orientação de um profissional. “Ao ser realizado de maneira errada, o treino pode gerar uma sobrecarga de forma desequilibrada no organismo como todo, resultando em possíveis lesões nos músculos, tendões, articulações e ossos”, explica o professor da Cia Athletica.
Outro fator que pode aumentar o risco de lesão é a padronização dos treinos. Segundo Guilherme, o nível de intensidade varia muito de indivíduo para indivíduo, sem falar que cada organismo responde de maneira diferente a um mesmo estímulo. “Isso reforça ainda mais a importância da presença do profissional de Educação Física, pois só ele conseguirá determinar a intensidade, carga e tempo que o aluno deverá executar o treino”, destaca.
A repetição exagerada desse tipo de treino pode, ainda, causar uma baixa no sistema imunológico da pessoa. “Já existem estudos que comprovam isso e, portanto, o ideal é que esses treinos curtos de alta intensidade sejam combinados com outros treinamentos”, finaliza Guilherme.
Fontes: Cacá Ferreira, gerente técnico corporativo da Cia Athletica; e Guilherme Dutra, treinador e proprietário da GD Assessoria Esportiva
Compartilhar link