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Duas das atividades mais apaixonantes de nossas vidas podem ajudar nossos cérebros a funcionar de forma mais eficiente. Uma pesquisa da Universidade do Arizona mostrou que corredores têm conectividade funcional cerebral maior do que sedentários, assim como pessoas que tocam instrumentos musicais.
A pesquisa norte-americana revelou que corredores tinham mais conexões entre regiões distintas do cérebro. Uma delas é o córtex frontal, importante para funções cognitivas como o planejamento, a tomada de decisão e até a capacidade de mudar a atenção entre diferentes tarefas no dia a dia.
“Essas atividades que a maioria das pessoas tende a considerar repetitiva na verdade envolvem muitas funções cognitivas complexas, como o planejamento e a tomada de decisão, e isso pode ter efeitos no nosso cérebro”, explica David Raichlen, um dos líderes da pesquisa.
Os cientistas da Universidade do Arizona chegaram a essa conclusão depois de conduzirem tomografias em jovens adultos corredores de cross country e em pessoas que não mantiveram o hábito de praticar atividade física por pelo menos um ano. Todos os participantes do estudo tinham entre 18 e 25 anos, e níveis educacionais e massas corporais parecidos.
A descoberta adicionou a corrida à lista de atividades que podem incrementar as conexões cerebrais, da qual tocar um instrumento musical já fazia parte. Além da repetição de movimentos, a necessidade de coordenação motora fina para a execução da atividade contribui para que músicos possam ter a estrutura e a função cerebrais alteradas com o tempo.
Um estudo da Universidade de Hong Kong aponta que praticar um instrumento musical pode levar a melhorias na memória verbal, utilizada para a retenção de conteúdo de aulas e palestras, por exemplo. Pessoas que aprendem a tocar ainda durante a infância também têm mais facilidade de aprender novos idiomas.
Outra pesquisa, de Harvard, mostra que treinar uma vez por semana seu instrumento melhora a neuroplasticidade, capacidade do cérebro de se adaptar e se desenvolver ao receber novos estímulos.
“As áreas do cérebro em que vimos maior conectividade em corredores são também as áreas mais impactadas conforme envelhecemos. Isso levanta a questão se nossas atividades como jovens adultos podem potencialmente serem benéficas e até oferecer alguma resiliência ao envelhecimento e doenças”, diz Raichlen.
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