A Federação Internacional de Atletismo (IAAF) anunciou na tarde desta sexta-feira (11) que manteve a suspensão da Rússia para competições internacionais de atletismo, o que inclui os Jogos do Rio 2016, em agosto. A decisão foi anunciada durante na 203ª reunião do Conselho Deliberativo da entidade, que trouxe ainda mais surpresas. Além da suspensão russa, outros cinco países foram oficialmente incluídos na lista de nações que não respeitam as políticas antidoping: Etiópia, Quênia, Ucrânia, Belarus e Marrocos.

Para o presidente da IAAF, Sebastian Coe, este é o caminho certo a se seguir e todo o conselho concordou com o endurecimento das políticas em relação ao doping. “A IAAF precisa liderar este processo, ser líder no esporte. E o conselho vai seguir em termos ações e políticas o mais transparentes possíveis”.

A entidade máxima ainda detalhou o que cada nação “suspeita” precisa apresentar para não ser suspensa e perder a disputa dos Jogos Olímpicos. As situações mais críticas são do Marrocos e da Etiópia, que precisam apontar um coordenador antidoping e estabelecer com urgência um programa nacional para realização de testes nos atletas.

Já no caso da Rússia, as negociações continuam. Durante o encontro, o especialista em antidoping Rune Andersen listou alguns avanços da RUSAF (Federação Russa de Atletismo) em se aproximar das políticas e pensamento da IAAF. De positivo, Andersen citou a troca de presidência e do conselho da entidade russa, assim como o afastamento de Sergey Portugalov, chefe do departamento médico da Federação, Alexei Melnikov, ex-presidente da entidade, e Viktor Chegin, ex-treinador chefe do atletismo do país. Mesmo assim, ele e a federação não têm data definida para liberar os russos para voltarem às pistas.