Analisando 14 mil usuários do Strava, alguns pesquisadores verificaram que há uma forte relação entre a atenuação dos sintomas do ciclo menstrual e a prática de atividades físicas.
A parceria entre a St. Mary’s University, no Reino Unido e o aplicativo FitrWoman – que acompanha a frequência do ciclo menstrual e do exercício físico – revelou que 78% das mulheres acham que os exercícios físicos reduzem esses sintomas.
A pesquisa global mostrou que as mulheres sentem que o exercício de intensidade moderada é mais eficaz no combate aos efeitos hormonais do ciclo menstrual.
Geralmente, esses sintomas são marcados por cólicas, dor no peito, alterações de humor e fadiga.
São eles que, de acordo com a pesquisa, resultam no fato de que 69% das mulheres, em algum momento, já se sentiram forçadas a mudar a rotina de exercícios.
Além disso, 88% também sente que o desempenho nas atividades físicas é pior em algum momento durante o ciclo menstrual.
Ainda assim, das 14 mil mulheres entrevistadas, as que atendem às orientações de exercícios e comem cinco ou mais porções de frutas e vegetais por dia têm menor probabilidade de perder a rotina devido aos sintomas do ciclo menstrual.
Da mesma forma, quem descansa o corpo e dorme bem, também vê uma redução nos sintomas.
“Queríamos iniciar uma conversa importante sobre o exercício, o ciclo menstrual e outros fatores do estilo de vida que capacitariam todas as mulheres a trabalhar com o corpo, e não contra ele”, afirma Georgie Bruinvels, líder do estudo e co-fundadora da FitrWoman.
A pesquisa também indica que, globalmente, 72% das mulheres relataram não receber educação sobre o exercício e seu ciclo menstrual.
Dessa forma, um dos principais objetivos da pesquisa é ajudar mulheres que veem o ciclo menstrual como uma barreira ao exercício regular.
Neste contexto, o Brasil, que detém 2.011 participantes da pesquisa, aparece como o país que mais auxilia as mulheres nessa questão.
Em comparação com o Reino Unido e com a Irlanda – que apresentaram 82% -, cerca de 60% delas relataram o problema.
“Não há fóruns públicos suficientes para discutir abertamente o ciclo menstrual e a dor das atletas mulheres”, ressalta Stephanie Hannon, Diretora de Produtos do Strava.
“Estamos determinados a usar nossa plataforma para destacar como a falta de educação e discussões está impedindo um futuro mais saudável para as mulheres”, conclui.
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