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Por Fernanda Silva
Chega o calorão e você corre para proteger a pele, os cabelos e aumentar o estoque de filtro solar, creme hidratante, bonés, entre outros. Contudo, é ainda mais importante saber por que nós, mulheres, precisamos desses cuidados a mais, principalmente durante os treinos e provas. Queimaduras de sol, assaduras e irritações na pele, cabelos ressecados e desidratação são alguns dos problemas mais frequentes no calor, mas que podem ser evitados com algumas precauções e boas dicas.
O mais importante dos conselhos vale para todos: proteger-se do sol! Evitar a exposição solar e, principalmente, a prática de atividades físicas entre as 10 e as 16 horas. Manter os cuidados com o corpo, tomando bastante água e líquidos em geral; e com a pele, usando protetor solar, também é imprescindível. Lembrando que é preciso utilizar um produto compatível com seu tipo de pele (FPS mínimo de 30) — quanto mais clara a pele for, maior deve ser o fator de proteção solar (FPS). “E reaplicá-lo a cada 2-3 horas e caso entre na água”, alerta a dermatologista Luciane Botelho.
Quando for correr, o cuidado deve ser o mesmo, prestando ainda mais atenção à duração da corrida. Atualmente, há diversos produtos específicos para atletas, inclusive filtros solares. Qualquer tipo de protetor é recomendado, porém estes têm uma duração maior na pele de corredores que, geralmente, suam mais e precisam reaplicar o produto com mais frequência. “Usar protetores específicos é melhor, pois possuem maior fator químico e físico, e um veículo mais aderente à pele”, explica Gabriela Casabona.
Atrito, o vilão
Com o calor e a sudorese mais intensa, as áreas de atrito (axilas, virilhas, partes internas das coxas, entre outras) e dobras concentram mais suor, o que deixa o local mais úmido, favorecendo o aparecimento de assaduras, bolhas, fissuras e infecções, principalmente por fungos (micoses).
Para evitar esses incômodos, os especialistas recomendam o uso de vaselina ou pomadas e cremes à base dessa substância, especialmente em corridas e treinos mais longos. “Já para prevenir as micoses, recomenda-se o uso de talco nas dobras”, indica Rosiane Boabaid, que aconselha a procurar um dermatologista em caso de infecções. “Usar roupas apropriadas para a prática da corrida também ameniza esse risco”, recomenda Cristina. Isso porque os elásticos de tops, shorts e saias podem provocar feridas se estiverem muito apertados ou causando algum desconforto.
E lembre-se: bonés ou viseiras e óculos de sol também são primordiais. A água do mar pode causar irritação na região genital, principalmente se associada à areia
Menina esperta!
Outro cuidado muito importante, corredora, é com sua higiene íntima. Este hábito deve ser intensi cado no verão, já que a sudorese é mais intensa e as chances de proliferação de bactérias — por causa da umidade — são maiores ainda. Por isso, não corra com biquínis molhados. Isso pode aumentar o tempo em que a região genital permanecerá quente e úmida, o que está associado a maior irritação e algumas doenças, como explica Thatiana Parmigiano. “A cândida é um fungo da ora normal da vagina. Entretanto, como todo fungo, beneficia-se do ambiente quente e úmido, prolifera-se e pode causar infecções, como a conhecida candidíase”, explica a ginecologista do esporte.
Após a corrida, tire as peças molhadas, procure tomar um bom banho e higienizar suas partes íntimas. Se estiver na praia, tenha o cuidado de tirar a água salgada do corpo o mais rápido possível. “A água do mar pode causar irritação na região genital, principalmente se associada a areia. E não se esqueça de lavar-se apenas externamente, pois duchas vaginais não são indicadas”, alerta Thatiana. Além disso, opte por calcinhas feitas com material que não retenha o calor e que possuam forro de algodão. Elas são mais confortáveis e adequadas para usar nessa época do ano e para praticar seus treinos.
A depilação também pode gerar algumas irritações na pele, dependendo do método escolhido para fazer a remoção dos pelos. Seja com cera quente, fria, lâmina de barbear ou qualquer outra maneira, cada mulher tem um tipo de depilação ao qual se adapta melhor. “Depiladores elétricos podem ser uma excelente opção”, diz Cris Carvalho, diretora técnica do Projeto Mulher “Além de não deixar nem um tipo de resíduo na pele, você pode remover os pelos de qualquer parte isolada do corpo, a qualquer momento do dia.” Em alguns casos, como os com tendência a pelos encravados, a melhor opção é a depilação a laser (que deve ser feita apenas por pro ssionais da área). “O cuidado principal é hidratar a pele após a depilação e usar a melhor técnica para cada pessoa”, naliza a dra. Gabriela.
E não se esqueça…
Principalmente as corredoras longa distância devem priorizar a hidratação oral. “Além de uma alimentação variada, suplementos com antioxidantes e uso de hidratantes com esse efeito, pelo menos duas vezes ao dia, após higienizar a pele, são ideais”, indica Gabriela.
Use cremes com proteção solar especí co para o seu tipo de cabelo, para evitar queimá-los “Após um banho de mar ou de piscina, tome um banho, lave-os bem e hidrate-os com produtos adequados”, recomenda Luciane.
Abuse de frutas, verduras e legumes, especialmente alimentos ricos em antioxidantes (frutas cítricas, por exemplo) e em betacaroteno, como cenoura, batatadoce e abóbora (alimentos de cor alaranjada). Esses nutrientes irão ajudar a recompor as propriedades da melanina e auxiliar na uniformização do bronzeado, deixando sua pele mais saudável.
(Fontes: Luciane Botelho, dermatologista da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, Rosiane Boabaid, dermatologista membro daSociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e médica do Centro Paulista de Medicina Cutânea, Gabriela Casabona, dermatologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Thatiana Parmigiano, ginecologista e médica do esporte pela Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva, e Cristina de Carvalho, precursora em treinamento de corrida só para mulheres no Brasil e diretora técnica do Projeto Mulher, do Núcleo Aventura e da Coorpo)
(Matéria publicada na Revista O2 – edição #117 – janeiro de 2013)
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