Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
A cidade de Estrasburgo sediou na semana passada o Campeonato Francês de natação, que também foi seletiva do país para o Campeonato Mundial que acontecerá em julho, na cidade húngara de Budapeste. Assim como foi feito para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016, a Federação Francesa de Natação optou por utilizar uma tabela de índices própria em vez de seguir os tempos exigidos pela Fina.
As marcas da tabela francesa eram mais baixa e, consequentemente, obrigavam os nadadores a serem mais competitivos. E o resultado foi ruim: uma equipe enxuta com apenas dez atletas nadando abaixo do exigido pela FFN e o revezamento 4x100m livre masculino ausente do evento, a princípio.
Há dez anos a França sempre sobe ao pódio dos principais eventos internacionais da natação. Em Jogos Olímpicos, foi ouro em Londres-2012 e prata em Pequim-2008 e no Rio-2016. Nos Mundiais, foi bicampeã em Barcelona-2013 e Kazan-2015, vice em Xangai-2011 e bronze em Melbourne-2007 e Roma-2009.
A baixa performance do 4x100m livre masculino se deve ao fato de antigos campeões estarem ausentes. Florent Manaudou deixou a natação para se dedicar ao handebol e Yannick Agnel, Fabien Gilot, Fred Bousquet e Amaury Leveaux se aposentaram. Com isso a missão de liderar o revezamento caiu nos ombros de Mehdy Metella e Jeremy Stravius.
Metella e Stravious fizeram parte das últimas equipes francesas medalhistas em grandes competições e agora terão a responsabilidade para liderar uma nova equipe. Na prova individual eles foram os únicos a nadar os 100m livre abaixo dos 49 segundos: Metella para 48s23 (abaixo do índice francês) e Stravius para 48s68. Se a dupla mais uma vez nadou para 48 segundos, os demais não conseguiram acompanhar o ritmo. Clement Mignon (49s03 nas eliminatórias) e Nosy Pelagie (49s76) foram os nadadores que mais se aproximaram. O que preocupa é a soma do quarteto: 3min15s70, 51 centésimos acima do estipulado pela Federação Francesa.
Independentemente dos critérios adotados pela FFN a França ainda pode inscrever o 4x100m livre no Mundial. Um exemplo é o Brasil que levará mais atletas do que o planejamento original após boas performances no Troféu Maria Lenk.
Os franceses, por exemplo, conseguiram um tempo competitivo e que lhe garantiria numa hipotética final. Em levantamento divulgado pela Best Swimming a França tem hoje o sexto revezamento mais rápido da temporada, 80 centésimos mais lento do que o time italiano que é o terceiro mais veloz de 2017. Porém, não é apenas o 4x100m livre que preocupa os franceses. Com exceção do 4x100m livre feminino os demais revezamentos não conseguiram nadar abaixo das marcas exigidas pela FFN e correm o risco de não serem inscritos no Mundial de Budapeste.
A possível não inscrição do revezamento 4x100m livre no Mundial mostra que os franceses terão um longo caminho para renovar sua equipe de velocistas. No momento, ir ao pódio tendo adversários competitivos e em melhor fase como Estados Unidos, Austrália, Brasil e Rússia parece algo bem distante. Ao que tudo indica a longa hegemonia de uma década colocando uma medalha no peito deverá chegar ao fim em Budapeste.
Por Guilherme Freitas
Compartilhar link